CEO, 'rosto' e financeiro: conheça os investidores por trás da SAF do Santa Cruz
Investidores da SAF do Santa Cruz trazem experiência em gestão financeira
“Nosso perfil é esse: é uma SAF que tem conhecimento de futebol, sim, mas, acima de tudo, a gente conhece de dinheiro”, afirmou Iran Barbosa, em entrevista coletiva, um dos investidores da SAF do Santa Cruz. Com um projeto orçado em R$ 1 bilhão ao longo de 15 anos – investimento em patrimônio e no departamento futebol –, a iniciativa não se limita ao conhecimento esportivo: a prioridade dos investidores está na gestão financeira e estratégica do clube.
O rosto do projeto
Inicialmente, a Cobra Coral Participações S/A — empresa responsável pela estruturação da SAF — deveria permanecer sem “rosto” público. Entretanto, na apresentação à diretoria do clube, os empresários Vinicius Diniz e Márcio Cadar assumiram a liderança. Diniz deixou o projeto por motivos pessoais, enquanto Cadar foi afastado pelos outros investidores. Com isso, Iran Barbosa tornou-se o rosto público do projeto. Conhecido por seu perfil arrojado e acostumado a lidar com câmeras e holofotes, Barbosa passou a ser a principal figura da SAF do Santa Cruz.
O idealizador: Iran Barbosa
Iran Barbosa é administrador formado pela PUC-MG e possui certificações internacionais em negociações (Harvard), gerenciamento de projetos complexos (Cambridge) e estratégias de inteligência artificial (MIT). Sua trajetória política inclui mandatos como vereador de Belo Horizonte (2008 e 2012) e deputado estadual em Minas Gerais (2014 e 2018). Além disso, é conselheiro benemérito do Atlético Mineiro.
1- Iran Barbosa
O que traz ao projeto: Um perfil que combina político, gestor e negócios, o que sugere habilidade de articulação institucional, relações públicas e captação de recursos. Ele aparece como quem assume execução pública, transparente da proposta da SAF — o que pode ajudar no engajamento da torcida e na comunicação.
Pontos de atenção: O desafio é operacionalizar num clube que está atualmente na Terceira Divisão — muitos fatores exógenos (finanças, dívidas, cenário do futebol regional) vão pesar. O fato de ser “o rosto” pode colocálo mais exposto a críticas se o cronograma de entregas/obras não corresponder às promessas.
Estrutura da SAF
A Cobra Coral Participações conta ainda com Alexandre Kubitschek como CEO, responsável por compliance e relações institucionais, e Marcus Bitar como estruturador financeiro. Economista registrado no CORECON-MG, Bitar possui ampla experiência no mercado financeiro e lidera a reconstrução financeira e a captação de investimentos do projeto da SAF.
2- Alexandre Kubitschek
O que traz ao projeto: Experiência em governança e compliance: Garante que a SAF opere dentro de padrões legais e regulatórios. Pode facilitar parcerias estratégicas, negociações com patrocinadores, órgãos esportivos e investidores. Contribui para a definição de estratégias de longo prazo.
Pontos de atenção: Muito do sucesso pode depender da capacidade de manter relações externas; mudanças no cenário institucional podem impactar o projeto. Equilibrar interesses de investidores, torcedores e patrocinadores exige habilidade constante.
3- Marcus Bitar
O que traz ao projeto: Experiência ampla no mercado financeiro, importante para captação de investimentos e reestruturação de dívidas. Contribui para definir prioridades financeiras e garantir sustentabilidade econômica da SAF.
Pontos de atenção: A reconstrução financeira de clubes nem sempre é linear; dependerá de receitas futuras e resultados esportivos. Precisa gerir expectativas dos investidores com a realidade do clube e seu fluxo de caixa.