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CEO, 'rosto' e financeiro: conheça os investidores por trás da SAF do Santa Cruz

Investidores da SAF do Santa Cruz trazem experiência em gestão financeira

Por Paulo Mota

Investidores da SAF do Santa Cruz

“Nosso perfil é esse: é uma SAF que tem conhecimento de futebol, sim, mas, acima de tudo, a gente conhece de dinheiro”, afirmou Iran Barbosa, em entrevista coletiva, um dos investidores da SAF do Santa Cruz. Com um projeto orçado em R$ 1 bilhão ao longo de 15 anos – investimento em patrimônio e no departamento futebol –, a iniciativa não se limita ao conhecimento esportivo: a prioridade dos investidores está na gestão financeira e estratégica do clube.

O rosto do projeto

Inicialmente, a Cobra Coral Participações S/A — empresa responsável pela estruturação da SAF — deveria permanecer sem “rosto” público. Entretanto, na apresentação à diretoria do clube, os empresários Vinicius Diniz e Márcio Cadar assumiram a liderança. Diniz deixou o projeto por motivos pessoais, enquanto Cadar foi afastado pelos outros investidores. Com isso, Iran Barbosa tornou-se o rosto público do projeto. Conhecido por seu perfil arrojado e acostumado a lidar com câmeras e holofotes, Barbosa passou a ser a principal figura da SAF do Santa Cruz.

O idealizador: Iran Barbosa

Iran Barbosa é administrador formado pela PUC-MG e possui certificações internacionais em negociações (Harvard), gerenciamento de projetos complexos (Cambridge) e estratégias de inteligência artificial (MIT). Sua trajetória política inclui mandatos como vereador de Belo Horizonte (2008 e 2012) e deputado estadual em Minas Gerais (2014 e 2018). Além disso, é conselheiro benemérito do Atlético Mineiro.

1- Iran Barbosa

O que traz ao projeto: Um perfil que combina político, gestor e negócios, o que sugere habilidade de articulação institucional, relações públicas e captação de recursos. Ele aparece como quem assume execução pública, transparente da proposta da SAF — o que pode ajudar no engajamento da torcida e na comunicação.

Pontos de atenção: O desafio é operacionalizar num clube que está atualmente na Terceira Divisão — muitos fatores exógenos (finanças, dívidas, cenário do futebol regional) vão pesar. O fato de ser “o rosto” pode colocálo mais exposto a críticas se o cronograma de entregas/obras não corresponder às promessas.

Estrutura da SAF

A Cobra Coral Participações conta ainda com Alexandre Kubitschek como CEO, responsável por compliance e relações institucionais, e Marcus Bitar como estruturador financeiro. Economista registrado no CORECON-MG, Bitar possui ampla experiência no mercado financeiro e lidera a reconstrução financeira e a captação de investimentos do projeto da SAF.

2- Alexandre Kubitschek

O que traz ao projeto: Experiência em governança e compliance: Garante que a SAF opere dentro de padrões legais e regulatórios. Pode facilitar parcerias estratégicas, negociações com patrocinadores, órgãos esportivos e investidores. Contribui para a definição de estratégias de longo prazo.

Pontos de atenção: Muito do sucesso pode depender da capacidade de manter relações externas; mudanças no cenário institucional podem impactar o projeto. Equilibrar interesses de investidores, torcedores e patrocinadores exige habilidade constante.

3- Marcus Bitar

O que traz ao projeto: Experiência ampla no mercado financeiro, importante para captação de investimentos e reestruturação de dívidas. Contribui para definir prioridades financeiras e garantir sustentabilidade econômica da SAF.

Pontos de atenção: A reconstrução financeira de clubes nem sempre é linear; dependerá de receitas futuras e resultados esportivos. Precisa gerir expectativas dos investidores com a realidade do clube e seu fluxo de caixa.