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SAF do Santa Cruz negocia naming rights do Arruda, mas alerta: 'Não por qualquer valor'

Iran Barbosa revela negociações em andamento, mas destaca postura firme sobre valorização dos ativos do Santa Cruz

Por Paulo Mota

Estádio do Arruda, casa do Santa Cruz

O Santa Cruz está negociando a venda dos naming rights do Estádio do Arruda, mas o investidor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, Iran Barbosa, fez questão de deixar claro que o espaço só será cedido por um valor que reflita o peso da marca tricolor. Segundo o empresário, o processo está em curso com mais de uma empresa interessada, mas ocorre de forma sigilosa para evitar problemas nas tratativas.

“Existe a possibilidade, temos uma competição boa acontecendo neste momento. Eu não posso falar nomes. Infelizmente, o segredo da negociação é o segredo. Os melhores negócios acontecem em silêncio, porque senão vira leilão”, afirmou Iran Barbosa, em entrevista ao podcast Beberibe 1285.

O investidor reforçou que a SAF não pretende fechar contratos a qualquer preço, tampouco agir com desespero para gerar receita imediata. “O cara que achar que o Santa Cruz é um saldão, que vai poder vir aqui oferecer qualquer dinheiro e a gente vai vender o espaço, está enganado. Não temos necessidade de fazer caixa de maneira desesperada. A camisa do Santa Cruz não é um abadá para ser vendida a qualquer valor”, declarou.

Apesar do interesse, Iran Barbosa admitiu que o Santa Cruz pode iniciar 2026 sem um acordo fechado para os naming rights, caso as propostas não alcancem o patamar financeiro considerado adequado. “Estamos olhando naming rights, mas se não chegar no valor que a gente quer, no patamar mínimo, é bem possível começarmos o ano sem naming rights”, completou.

Desafios no calendário corporativo

Um dos principais obstáculos nas negociações, segundo o investidor, é o calendário das empresas interessadas. Muitas delas já estão em fase de definição de orçamentos para o próximo ano, o que dificulta a alocação de verba para parcerias de médio ou longo prazo.

“A maioria das empresas fecha o orçamento entre outubro e dezembro. E até lá, não seremos SAF. Então é muito difícil você garantir uma reserva de montante agora. As empresas querem ter certeza de que a SAF estará operacional em janeiro, e hoje eu não consigo dar essa garantia. Esse é um desafio que temos a curto prazo”, explicou.

A expectativa é que, com a formalização completa da SAF, o Santa Cruz possa ampliar o leque de oportunidades comerciais e consolidar parcerias de maior porte — sempre com foco na valorização dos seus ativos.