Coletivo feminino de torcedoras do Santa Cruz denunciam ofensas machistas nas redes sociais
Torcedoras do Santa Cruz, do Movimento Coralinas, denunciam ataques machistas nas redes sociais
Lugar de mulher é onde ela quiser! Torcedoras do Santa Cruz denunciaram publicamente casos de machismo e misoginia sofridos nas redes sociais após uma publicação do Movimento Coralinas, coletivo de mulheres tricolores que atua na promoção da igualdade de gênero dentro e fora das arquibancadas. A publicação foi compartilhada por Bruno Rodrigues, presidente do clube.
A postagem mostrava mulheres e duas crianças com a bandeira do grupo no estádio, mas rapidamente foi alvo de comentários ofensivos e discriminatórios. Em nota publicada nesta semana, o Coralinas manifestou "tristeza e indignação" diante das mensagens, classificadas como exemplos da violência de gênero ainda presente no ambiente esportivo.
“Essas declarações, além de ofensivas e desrespeitosas, revelam o ambiente hostil que nós ainda enfrentamos para exercer o simples direito de torcer pelo nosso time”, diz um trecho da nota. O grupo também destacou a gravidade do fato de os ataques terem sido feitos de forma aberta, mesmo diante da imagem de crianças.
O coletivo informou que já está tomando medidas legais contra os responsáveis, reafirmando que "a internet não é terra sem lei". A expectativa é de que as ofensas sejam enquadradas como crime, conforme prevê a legislação brasileira em casos de violência de gênero e discurso de ódio online.
Nas redes sociais, o caso gerou ampla repercussão. Diversos perfis, torcedores e torcedoras se manifestaram em apoio ao Coralinas, reforçando a importância de combater o machismo nos estádios e nas redes.
“A união de forças é fundamental para transformar a arquibancada, e a sociedade, em um espaço seguro e igualitário para todas as mulheres”, concluiu.
Criado para fortalecer a presença feminina no futebol e promover ações de conscientização, o Coralinas já participou de campanhas contra o assédio, rodas de conversa e iniciativas educativas dentro do Arruda, estádio do Santa Cruz. O episódio reacende o debate sobre a inclusão e o respeito às mulheres no esporte e a resistência necessária para que elas ocupem todos os espaços, inclusive as arquibancadas.