Próximo presidente do Náutico terá grandes desafios para o biênio 2026/2027
Com o acesso à Série B conquistado, o Náutico passará por grandes obstáculos para o seu sucesso nos próximos anos
Passada a euforia do acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, o Náutico começa a planejar os próximos anos e os desafios de um retorno para a prateleira dos 40 principais clubes do futebol brasileiro, lugar que não ocupou nos últimos três anos.
Em meio a uma disputa eleitoral entre situação e oposição, marcada para o dia 30 de novembro, o próximo presidente do Náutico terá que passar por grandes obstáculos para o sucesso do clube nas próximas temporadas.
Permanência na Série B
Apesar do desejo natural do torcedor alvirrubro de sonhar com um retorno à elite nacional, umas das grandes prioridades do Náutico será se manter na Segunda Divisão. Um retorno para as divisões inferiores do futebol brasileiro prejudicaria todo o planejamento de uma gestão e colocaria o clube ainda mais em dificuldades financeiras.
Disputando também o Campeonato Pernambucano e ainda vivendo situação indefinida na Copa do Brasil, o Timbu entrará no ano de 2026 com foco no campeonato nacional.
A manutenção na Segunda Divisão vem auxiliando equipes a crescerem financeiramente e em estrutura, devido aos ganhos econômicos que a competição tem o potencial de trazer.
Equilíbrio nas contas
Vivendo uma Recuperação Judicial, o Náutico deverá melhorar consideravelmente o seu patamar financeiro em 2026. Passando por problemas no fluxo de caixa durante esse ano, a tendência será mais recursos na Segunda Divisão, sobretudo com negociações de direitos de transmissão com as Ligas dos clubes brasileiros.
Em compensação, a gestão do Timbu também precisará manter o equilíbrio nas contas. Precisando investir mais devido à competição que disputará, o clube alvirrubro poderá não exercer grandes gastos para chegar ao patamar de outras equipes da Segundona, para evitar um eventual colapso financeiro.
Discussões sobre a SAF
O Tema sobre Sociedade Anônima do Futebol (SAF) seguirá sendo recorrente nos clubes, principalmente quando a associação passar por dificuldades na gestão. Já intensificando as discussões sobre o assunto nesta temporada, a tendência do próximo biênio será o Náutico ainda mais inclinado nas conversas sobre o modelo.
No entanto, o clube terá a missão de não deixar o tema SAF tumultuar o ambiente interno, que precisará de foco para dentro das quatro linhas. A transição para uma sociedade anônima tende a ser um processo longo e complexo, e não deverá chegar como solução a curto prazo.
Demonstração de força regional e calendário cheio
Se no Campeonato Brasileiro a temporada foi avaliada como positiva no Náutico, o desempenho nos torneios regionais foi de amargas eliminações. A queda precoce no Campeonato Pernambucano, ainda nas quartas de finais, fez o Timbu ter seu calendário prejudicado na temporada seguinte.
A equipe alvirrubra não disputará a Copa do Nordeste e ainda busca uma vaga na Copa do Brasil com o Maguary, podendo disputar apenas Estadual e Série B em 2026. Regionalmente, o Náutico busca voltar a conquistar resultados expressivos, almejando títulos e garantindo um calendário robusto nas temporadas seguintes, demonstrando a sua força local.