° / °
Esportes DP Mais Esportes Campeonatos Rádios Serviços Portais

Beto Lago: 'Para renascer, Náutico encara Missão Campinas pela frente'

O discurso já não basta: ou o Náutico reage ou 2025 terá o mesmo roteiro frustrante dos últimos anos

Por Beto Lago

Jogadores do Náutico

Missão Campinas
Duas rodadas bastaram para transformar confiança em desilusão. Depois da derrota para o Guarani, ainda havia no torcedor um fio de esperança, o famoso “eu acredito”. Mas o tropeço diante da Ponte Preta, dentro dos Aflitos, escancarou falhas que já não podem ser tratadas como acidentes de percurso. O sistema defensivo, que era referência na primeira fase, virou peneira: três gols sofridos em dois jogos em casa, depois de apenas dois em toda a etapa inicial. A improvisação de Igor Fernandes no setor esquerdo foi um convite ao adversário. Os volantes Igor Pereira e Marco Antônio estão em queda livre – e o próprio Hélio dos Anjos reconheceu isso. Faltou intensidade, velocidade e, sobretudo, organização. A Ponte, que sequer recebe salários há meses, mostrou que camisa e tradição ainda pesam. Já soma nove pontos e praticamente carimbou o acesso. O Náutico, não. O Náutico tropeça em seus próprios erros e agora encara uma verdadeira missão de guerra em Campinas. Primeiro duelo sábado, no Moisés Lucarelli, contra a mesma Ponte Preta. Só uma mudança radical de postura e de peças pode manter viva a chama do acesso. O discurso já não basta: ou o time reage ou 2025 terá o mesmo roteiro frustrante dos últimos anos.

Mais uma final para o Santa Cruz
O Santa Cruz chegou à decisão da Série D, mas não pelo futebol apresentado nestas últimas partidas. A atuação diante do Maranhão foi bem abaixo do esperado, com falhas na criação e dependência quase exclusiva das defesas de Rokenedy, que carrega o time nos momentos mais delicados. A vaga na final de um Brasileiro não pode mascarar a realidade: se atuar contra o Barra/SC o que vem jogando, corre o risco de ficar sem o sonhado título. Mais uma vez, a torcida fez sua parte, empurrou, vibrou, lotou a arquibancada. Mas em campo, é preciso muito mais do que raça e tradição. Sem evolução tática e técnica, não há título que resista.

Com bolso mais recheado
A campanha do Santa Cruz na Série D, até agora, rendeu mais de R$ 1,4 milhão em premiação, e as bilheterias ultrapassaram R$ 3,3 milhões líquidos antes mesmo da semifinal. No último jogo, o Arruda registrou a maior arrecadação da história coral, e a expectativa é que o clube feche esta Série D com mais de R$ 5 milhões apenas em rendas. Tudo isso em um Brasileiro bem deficitário.

Enfim, a primeira vitória na Ilha!
Enfim, saiu a primeira vitória do Sport neste Brasileirão na Ilha do Retiro. Foi na base da raça e da superação contra um Corinthians que, mesmo bem desfalcado, não deixou de oferecer perigo. O VAR tentou atrapalhar, anulando um gol legítimo no primeiro tempo, em lance sem falta e sem impedimento. Mas nada tirou o brilho da noite rubro-negra. Logo no início da etapa final, Matheusinho acertou um golaço. Teve a chance de ampliar, mas pecou pela displicência. A partir daí, o Leão jogou com alma, defendeu-se com coragem e segurou a pressão paulista até o apito final. Vitória sofrida, mas gigantesca, que vale não apenas três pontos, mas a afirmação da força do Sport dentro da sua casa.