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Beto Lago: 'Náutico com erros na defesa e na estratégia de jogo'

Hélio dos Anjos e sua comissão precisam corrigir imediatamente as falhas ou o acesso tão falado pode virar uma nova frustração no Náutico

Por Beto Lago

Nos Aflitos, Náutico e Guarani se enfrentaram pela 2ª rodada do quadrangular da Série C

Erros na estratégia
Mais do que a falta de intensidade, o Náutico sucumbiu diante do Guarani pelos erros grosseiros do sistema defensivo, justamente o setor que vinha sendo um dos pontos fortes na Série C. A fragilidade ficou escancarada nos dois gols do Bugre. Mas não foi só isso: a estratégia também foi equivocada. Durante a semana, Hélio dos Anjos cravou a frase “decisão não se joga, se ganha”. A retórica foi boa, mas em campo não houve nem jogo, nem vitória. O Guarani sabia o que queria: se manter vivo. Armou uma linha de cinco, explorou bolas alçadas e encontrou uma defesa reserva e desatenta. O Timbu deveria ter se precavido, mas aceitou a proposta adversária. Resultado: em dois lances seguidos, dois gols. Na etapa final, Hélio fez mudanças, mas nada de reação. Ela poderia ter vindo no pênalti, mas ao ser desperdiçado por Vinícius abalou a moral do time e esfriou as arquibancadas dos Aflitos. Por mais que buscasse furar a defesa do time paulista, foram poucas as chances criadas e todas pararam no goleiro Dalberson. Neste tipo de quadrangular, cada rodada é praticamente um “mata-mata”: não basta jogar bonito, é preciso ser eficiente. No sábado, o Náutico não teve nem performance, nem resultado. A vitória devolveu o Guarani à disputa e acendeu um alerta: hora de arrumar a casa par ao duelo contra a Ponte Preta. Hélio dos Anjos e sua comissão precisam corrigir imediatamente as falhas ou o acesso tão falado pode virar uma nova frustração.

Empate no final
O Sport parecia condenado a mais uma derrota. Foi dominado no primeiro tempo pelo RB Bragantino, sofreu um pênalti que não existiu – sempre Daronco - e ficou atrás no placar no início da segunda etapa. Mas, na base da insistência e com as mudanças, veio o empate com Derik, nos lances finais. Não foi uma boa atuação, longe disso, mas o 1x1 lembra o empate contra o Vitória/BA, quando buscou o resultado na base da vontade. Domingo, diante do Corinthians, é hora de acabar com o jejum de seis meses sem vencer na Ilha.

CT José de Andrade Médicis
O projeto do CT do Sport é ousado e um passo importante para fortalecer e dar melhores condições à base, ao profissional e ao feminino. Só pediria para rever um ponto: manter o nome Presidente José de Andrade Médicis para o complexo. O espaço será um só e a memória do ex-presidente precisa ser preservada. É tradição, é identidade. Na apresentação, o nome de Médicis já tinha desaparecido. Outro detalhe neste “PowerPoint”: o “Maior do Nordeste” agora virou “Referência do Estado”? Que erro de marketing. Ousadia não combina com encolhimento.

A um empate da final
Santa Cruz tira a invencibilidade do Maranhão em casa, vence por 1x0 e sai com boa vantagem para chegar na final da Série D. Mas, o placar a favor do Tricolor poderia ter sido construído ainda no primeiro tempo, mas Thiago Galhardo falhou em duas grandes chances. No segundo tempo, Rokenedy voltou a aparecer bem. E coube a Renato, de voleio, marcar o gol da vitória coral. O Santa Cruz está bem perto de mais uma decisão nacional.