Governo e Congresso negociam solução de meio-termo para o IOF
No Congresso, a saída desenhada é que a Fazenda reduza a arrecadação do IOF para menos de R$ 5 bilhões
Líderes partidários indicaram ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que aceitam negociar com o governo Lula o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em patamar inferior ao pretendido pelo Ministério da Fazenda, dentro de uma lógica apenas regulatória.
No Congresso, a saída desenhada é que a IOF. Para governistas, a discussão não se resume ao reajuste pontual, mas na prerrogativa do presidente em fixar as alíquotas do IOF.
Outra proposta
Os líderes também sinalizaram a Motta que é possível discutir a medida provisória enviada pelo governo com iniciativas adicionais de arrecadação, como a taxação de bets e de aplicações financeiras como as LCIs e LCAs em 5% de Imposto de Renda - cujo relator é o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Em troca, esperam que o governo, junto com a presidência da Câmara, comece a liberar pagamentos de emendas parlamentares de comissão cuja execução não é obrigatória.
Motta afastou ainda a ideia de parte dos deputados para que as medidas de arrecadação fossem incorporadas ao texto que propõe a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, sob relatoria do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).