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Petrobras assina contratos com valor aproximado de R$ 4,9 bilhões para a retomada da construção do Trem 2 da RNEST

Operação do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) deve dobrar a capacidade de processamento e chegar a 260 mil barris por dia, a partir de 2029

Por Thatiany Deodato de Lucena

Com o potencial para gerar aproximadamente 30 mil empregos diretos e indiretos, o início das operações do Trem 2 da RNEST está previsto para 2026, com a conclusão em 2029

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (16) os primeiros contratos, resultados de licitações, para a retomada da construção do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco. Os acordos foram assinados com a empresa Consag Engenharia S.A no valor aproximado de R$ 4,9 bilhões.

De acordo com fontes do setor ouvidas pelo Diario de Pernambuco, a previsão é de que o início das obras do trecho pernambucano aconteça em julho, com a presença do presidente Lula, durante agenda no estado.

Com o potencial para gerar aproximadamente 30 mil empregos diretos e indiretos, o início das operações do Trem 2 da RNEST está previsto para 2026, com a conclusão em 2029.

A Petrobras estima que o Trem 2 deve dobrar a capacidade instalada da refinaria, passando do valor atual de 130 mil barris/dia para 260 mil barris/dia. Com isso, a refinaria pernambucana se tornará a segunda maior refinaria da empresa em capacidade de processamento de petróleo.

Procurada pela reportagem, a empresa não havia se pronunciado, até o fechamento desta matéria, sobre os próximos passos para o início das obras do Trem 2 da RNEST.

Segundo a Petrobras, os acordos integram a implantação da Unidade de Coqueamento Retardado (UCR), da Unidade de Hidrotratamento de Diesel S10 (UHDT-D), e da Unidade de Destilação Atmosférica (UDA), alinhando-se às diretrizes do Plano de Negócios 2025-2029.

A UCR poderá processar até 75 mil barris/dia de carga, enquanto a UHDT-D terá capacidade para operar com até 82 mil barris/dia. Já a UDA contará com capacidade de 130 mil barris/dia.

A empresa destaca que os dados reforçam a relevância da Refinaria na ampliação da produção de derivados de maior valor agregado no parque de refino da Petrobras. Inclusive, promovendo ganhos em produtividade e contribuindo para o fornecimento de combustíveis com baixo teor de enxofre.

Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, "a RNEST é estratégica para o Brasil, hub da Petrobras nas regiões Norte e Nordeste. Os contratos para a retomada das obras do Trem 2 da refinaria revelam o compromisso da empresa com o desenvolvimento do país, representando a expansão da nossa capacidade de refino e viabilizando o aumento da produção de derivados para atender às demandas da sociedade e do mercado".


A RNEST iniciou suas operações em 2014 com o primeiro conjunto de unidades (Trem 1). Segundo a empresa, essa é a mais moderna refinaria da Petrobras e contribui para atender à demanda nacional por derivados de petróleo.

A Refinaria Abreu e Lima iniciou suas operações em 2014 com o primeiro conjunto de unidades (Trem 1). Segundo a empresa, por contar com avançadas tecnologias, a RNEST é a refinaria mais moderna da Petrobras que atende à demanda nacional por derivados de petróleo.

Em março deste ano, foram concluídas as obras de modernização do Trem 1. Ainda em dezembro de 2024, a Refinaria iniciou a operação da unidade SNOX, primeira do tipo no refino do país, responsável por reduzir emissões de óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) e por produzir ácido sulfúrico. Com o empreendimento, um novo produto passou a ser comercializado pela refinaria, contribuindo também para a preservação do meio ambiente.