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Dólar fecha em baixa, a R$ 5,53, com inflação menor nos EUA

A moeda americana encerrou a sessão em baixa de 0,59%

Por Estadão Conteúdo

Dólar

O dólar apresentou queda firme no mercado local nesta quarta-feira, 11, acompanhando a onda de desvalorização da moeda norte-americana no exterior, após leitura benigna de inflação ao consumidor nos EUA reforçar apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda neste ano. Houve também melhora pontual do apetite ao risco na esteira de anúncio de acordo comercial preliminar entre americanos e chineses, com a prorrogação do congelamento das chamadas tarifas recíprocas.

Com mínima a R$ 5,5222 no início da tarde, o dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,59%, a R$ 5,5376, no menor nível de fechamento desde oito de outubro (R$ 5,5328). A divisa já apresenta desvalorização de 3,18% nos oito primeiros pregões em junho. No ano, o dólar acumula perdas de 10,40% em relação ao real, que tem o melhor desempenho entre as divisas latino-americanas.

O índice DXY - termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - caía cerca de 0,40% no fim da tarde, ao redor dos 98,600 pontos, após mínima aos 98,525 pontos. O Dollar Index recua 0,79% no mês e 9,05% no ano. A moeda americana recuou ao menor nível desde agosto de 2024 em relação ao peso mexicano, o principal par do real.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% em maio em relação a abril e 2,4% na comparação anual. Ambas as medidas ficaram abaixo da mediana dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast (0,2% e 2,5%, respectivamente). O núcleo do CPI - que exclui itens voláteis como alimentos e energia - também veio aquém das expectativas.

"O CPI veio muito bom. A expectativa é de o aperto monetário nos EUA diminuir ao longo do ano, o que enfraquece o dólar", afirma o gestor de portfólio da Azimut Brasil Wealth Management, Marcelo Bacelar, acrescentando que a probabilidade maior é de corte acumulado de 50 pontos-base na taxa básica de juros americana até o fim do ano.

Bacelar ressalta que, além da maré externa favorável nos últimos meses, o real se beneficia da saída de cena do chamado "risco monetário" doméstico, ou seja, da possibilidade de que o Banco Central sob comando de Gabriel Galípolo adotasse uma postura mais frouxa em relação à busca da meta de inflação.

Seja qual for a decisão do