No Dia Nacional do Diabetes saiba quais os cuidados cirúrgicos aos portadores da doença
A prática de atividade física e o acompanhamento médico auxiliam no controle do Diabetes
Na data que assinala o Dia Nacional do Diabetes um dos pontos importantes é saber quais os cuidados os portadores da doença devem ter ao se submeter a uma cirurgia para uma recuperação segura e eficaz.
Apesar do diabetes ser uma doença crônica e não ter cura, pode ser controlado os níveis de glicose no sangue com medicação, manutenção de uma dieta balanceada, pratica de atividade física e o acompanhamento médico e dos exames de análise das taxas de glicose. Mas, quando é necessário realizar uma cirurgia existem orientações especificas e certas exigências!
Para o caso daqueles que precisam ou querem se submeter a alguma intervenção cirúrgica, os portadores do diabetes precisam ter o diabetes sob controle e com acompanhamento médico criterioso, visando garantir o máximo de segurança, com medidas para evitar intercorrências durante e apos, explica o Dr. André Eyler, especializado em cirurgia plástica.
“Isso porque o diabetes pode comprometer a cicatrização e elevar o risco de infecções, o que demanda controle glicêmico rigoroso e da hemoglobina glicada, com acompanhamento conjunto do endocrinologista e do cirurgião. E a hidratação e uma nutrição adequada são imprescindíveis para uma boa cicatrização, especialmente nos diabéticos. Por isso, é essencial adotar um cardápio que assegure uma dieta equilibrada que favoreça todos os estágios”, afirma.
O especialista, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgeons, ainda destaca que antes de qualquer cirurgia são realizados exames que avaliam as condições de saúde do paciente. “Estar em boas condições de saúde é o requisito principal para todos os pacientes que se submetem a uma intervenção, uma vez que a saúde e a segurança devem vir em primeiro lugar. Para quem deseja fazer uma plástica, ela é uma cirurgia eletiva e não de urgência, assim pode ser devidamente planejada com antecedência”, aponta o médico.
De acordo com o Dr. Eyler, já na etapa pré-operatória no caso do paciente diabético deve haver o total controle glicêmico, sendo que os níveis de glicose no sangue precisam estar estáveis nas semanas que antecedem o procedimento, evitando hiperglicemia ou hipoglicemia. Durante o processo de preparação é fundamental também consultar o endocrinologista para possíveis ajustes na medicação, incluindo insulina ou hipoglicemiantes orais. Além disso, o jejum pré-operatório deve ser planejado atentamente para se evitar crises glicêmicas. “Exames como hemoglobina glicada (HbA1c), função renal e eletrocardiograma são muito importantes para avaliar riscos. Como os pacientes com diabetes têm maior chance de infecções e dificuldades na cicatrização, a higiene da pele e o controle de outras comorbidades, como hipertensão e dislipidemia, são indispensáveis”, ressalta.
O cirurgião esclarece que os pacientes portadores do Tipo 1 devem receber, mesmo em jejum perioperatório, que abange desde a indicação da operação e finaliza quando o paciente retorna às suas atividades normais, insulina para suprir as demandas fisiológicas basais e evitar cetoacidose, que é o uso do corpo de gordura como fonte de energia, ao invés da glicose, por causa da falta de insulina. Já os pacientes do Tipo 2, tratados com fármacos injetáveis e/ou orais, são suscetíveis ao desenvolvimento de um estado hiperglicêmico. De maneira que, o uso dos hipoglicemiantes e dos diferentes tipos de insulina é essencial, além da determinação do horário cirúrgico e do número de refeições perdidas para adaptação de doses ou suspensão dos medicamentos.
“O tempo de recuperação e repouso pode ser mais longo e demanda a necessidade de cuidados específicos com a região da cirurgia e com a glicemia e monitoramento dos níveis de açúcar no sangue no pré e pós-operatório para evitar complicações. No entanto, muitas pessoas com diabetes podem fazer plástica se tiverem um quadro estável e seguir todas as orientações médicas”, diz o Dr. Eyler.
Outra questão relevante é na escolha de um cirurgião, que exige experiência e prática no atendimento a diabéticos.