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Origem da Lua poderá ser a origem da vida na Terra, revela estudo

O estudo foi divulgado recentemente pela revista científica Icarus

Por Isabel Alvarez

Foto da Lua

De acordo com um estudo divulgado recentemente pela revista científica Icarus, os cientistas do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IACE) revelaram que o grande corpo rochoso chamado Theia, que teria colidido com a Terra durante a sua formação e gerado a Lua provavelmente alojava um mundo oceânico na origem da vida no planeta.

Um dos autores do estudo e investigador astrofísico português Pedro Machado, do IACE, declarou que o trabalho apresenta um caminho novo para entender a evolução da Terra e como podem ter chegado ao planeta os componentes necessários para garantir a sua condição de se tornar habitável.

Já se tem conhecimento que Theia se chocou na Terra quando o planeta ainda estava em formação e que fragmentos resultantes desse impacto deram origem à Lua.

O que é novo e é o que defendem os cientistas do IACE é que este grande corpo rochoso se terá formado na envolvência de Júpiter, maior planeta do Sistema Solar, e que provavelmente tinha uma grande quantidade de água e de elementos químicos essenciais, como carbono, à semelhança de luas de Júpiter como Europa. "A probabilidade é altíssima", sustenta Pedro Machado, que também é docente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que, juntamente com os co-autores Duarte Branco, seu aluno, e Sean N. Raymond, astrônomo norte-americano do Laboratório de Astrofísica de Bordeaux, na França, suporta a tese com base em estudos de modelação da formação e evolução do Sistema Solar.

Segundo Machado, especialista no estudo de atmosferas planetárias, a Terra tem um grande reservatório de água no manto (camada intermediária do interior) que não pode ser explicável pela teoria de que cometas ou pequenos asteroides transportaram água para o planeta.