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PIB vai crescer no 1º trimestre?
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,15% no mês de março em relação a fevereiro, segundo o Banco Central. Já na comparação do trimestre encerrado em março, o indicador subiu 2,41% em relação ao trimestre anterior. Estes resultados vieram melhores que o esperado pelo mercado.
O IBC-Br funciona como uma prévia de desempenho do PIB brasileiro, mas só olha pelo lado da oferta, enquanto o IBGE divulga tanto o lado da oferta quanto o lado da demanda, que inclui consumo das famílias, investimento e gastos governamentais.
Pelo lado da oferta, o IBC-Br estima o resultado do desempenho da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, que por sinal, nesse mês de março, apresentaram desempenhos positivos. Apesar disso, o IBC-Br caiu 0,15% em relação a fevereiro, embora melhor que o esperado pelo mercado, queda de 0,30%.
É importante entender que esse índice é um indicador mensal prévio de como a economia vai se comportando pelo lado da oferta. Ele serve como uma prévia do PIB, que só é divulgado trimestralmente, pelo IBGE. O PIB do 1º trimestre somente será divulgado no início de junho.
Ainda assim, no trimestre encerrado em março, o IBC-Br apresentou um crescimento de 2,41% na comparação com o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, subiu 3,81%. O resultado positivo acumulado para a economia brasileira no 1º trimestre surpreendeu, apesar de expectativas de que a economia esteja desacelerando, pelo menos pelo lado da oferta.
Mas, claro, é preciso acompanhar também o desempenho pelo lado da demanda, como o IBGE calcula. Pelo lado da demanda, o consumo é a variável de maior peso na formação do PIB, acompanhada de investimentos e gastos governamentais. Com o aumento do desemprego no 1º trimestre, é possível que o consumo tenha apresentado desaceleração, impactando o crescimento do PIB.