Desde cedo, muitas mulheres são ensinadas que a aprovação dos outros é o termômetro de seu valor. Crescem ouvindo que precisam ser boazinhas, educadas, discretas e perfeitas. Sem perceber, carregam para a vida a armadilha silenciosa da síndrome da boa menina, que é um padrão emocional que transforma o desejo de ser amada em uma prisão sem grades.
A boa menina não diz não com facilidade. Ela se desculpa até quando não erra e se anula para manter a harmonia, mesmo que a própria alma esteja em conflito. Ela sente medo de desagradar, de ser vista como egoísta, de perder o amor que parece sempre depender do quanto ela cede.
Mas o preço dessa bondade compulsiva é alto: relacionamentos desequilibrados, cansaço emocional e perda da identidade. A boa menina esconde sua raiva, engole seu cansaço e sufoca seus sonhos, até que um dia acorda sentindo que não sabe mais quem é.
A libertação começa quando entende uma verdade simples e poderosa: ser amada não depende de ser perfeita, mas de ser verdadeira. Dizer não quando necessário, defender seus limites, expressar sentimentos reais. Tudo isso não é falha, mas coragem. Quem realmente merece estar na vida de uma mulher não exige máscaras ou sacrifícios invisíveis. Valoriza sua força, suas escolhas e até seus limites.
A sociedade precisa de menos boas meninas e de mais mulheres inteiras, que escolhem ser livres, mesmo que isso custe a aprovação fácil. Porque felicidade real não se conquista sendo perfeita para o mundo, mas sendo fiel a si mesma.
A violência contra a mulher ganhou um novo capítulo de enfrentamento. Foi sancionada a lei que aumenta a pena para quem fabrica, divulga ou compartilha imagens falsas com o objetivo de ferir a honra, a intimidade ou a dignidade feminina. A prática, conhecida como deepfake, tornou-se uma ferramenta cruel na propagação de mentiras e humilhações.
A nova legislação prevê punições mais severas. A pena para quem comete esse tipo de crime pode chegar a cinco anos de prisão, além de multas. Se o material for compartilhado em massa ou resultar em danos emocionais comprovados, a punição é ainda mais pesada.
A medida reconhece que a violência digital é tão destrutiva quanto a física, sendo que os ataques virtuais deixam cicatrizes reais. Mulheres têm suas reputações arruinadas, suas vidas profissionais afetadas e a saúde mental gravemente comprometida, devido a conteúdos falsos criados para humilhá-las.
Com essa nova lei, o recado é claro: a internet não é terra sem lei. Quem utiliza tecnologia para destruir a vida de uma mulher será responsabilizado com todo o peso da Justiça. É um passo importante para proteger a dignidade feminina também no ambiente virtual.
Um avanço importante na luta por igualdade educacional foi conquistado: foi sancionada a lei que proíbe qualquer forma de discriminação contra mães na concessão de bolacadêmicas. A medida reconhece que a maternidade não pode ser usada como critério, para excluir mulheres do acesso ao ensino e à pesquisa.
Até então, muitas estudantes enfrentavam barreiras invisíveis: eram preteridas em seleções ou até pressionadas a abrir mão de seus estudos por serem mães. Agora, qualquer prática que negue, dificulte ou limite o acesso a bolsas com base na maternidade será considerada ilegal.
A nova legislação representa um passo simbólico e prático para quebrar o ciclo que historicamente afastou mulheres, especialmente mães, dos espaços de produção de conhecimento. Ter filhos não diminui a capacidade intelectual, nem o direito de construir uma trajetória acadêmica sólida.
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