O mercado de trabalho vive uma transformação silenciosa. As novas gerações e até os profissionais mais experientes já perceberam: o salário que realmente fideliza não é apenas o que cai na conta. Surge, então, um conceito essencial, que é o salário emocional.
O salário emocional é tudo aquilo que uma empresa oferece além do dinheiro: reconhecimento, respeito, flexibilidade, possibilidade de crescimento, ambiente saudável, liberdade criativa, equilíbrio entre vida profissional e pessoal. É o pacote invisível que preenche lacunas que um alto salário, sozinho, não consegue cobrir. Trata-se de uma forma moderna de remuneração, que coloca o ser humano no centro, não como máquina de produtividade, mas como indivíduo.
Os números comprovam. Uma pesquisa global da Gympass com mais de 9 mil profissionais mostrou que 83 % dos trabalhadores consideram o bem-estar tão importante quanto o salário financeiro. Mais que isso: 85% permaneceriam em uma empresa que prioriza seu bem-estar, enquanto 77% deixariam aquela que ignora sua saúde emocional. Já um estudo da Deloitte apontou que empresas que cuidam do bem-estar dos colaboradores têm uma taxa de retenção 50% maior do que as que negligenciam esse cuidado.
A pandemia acelerou essa percepção. Nunca foi tão claro que nenhum contracheque compensa um ambiente tóxico, jornadas exaustivas ou a falta de propósito. O profissional de hoje quer mais do que sobreviver, pois quer se sentir respeitado, ouvido e valorizado. Empresas que entenderem isso não apenas atraem, mas mantêm os melhores talentos.
Após mais de dois séculos de existência, o Exército Brasileiro está prestes a quebrar uma de suas barreiras mais simbólicas: a ascensão das primeiras mulheres ao posto de general. Desde 1992, quando as mulheres passaram a integrar oficialmente os quadros da instituição, elas vêm ocupando espaços antes considerados inalcançáveis, mas nunca haviam atingido o topo da hierarquia militar. Isso pode mudar ainda este ano.
A mudança reflete não apenas um avanço dentro das Forças Armadas, mas uma transformação social mais ampla. A presença feminina em posições de liderança sempre foi uma luta contra estigmas silenciosos e estruturas tradicionalmente masculinas. No ambiente militar, onde disciplina e comando são a essência, ver mulheres rompendo esse teto de aço sinaliza um novo tempo: competência não tem gênero.
Essa conquista é também um recado claro para outras instituições ainda marcadas pelo conservadorismo. Representatividade importa e ter mulheres generais inspira novas gerações a acreditar que todo espaço pode e deve, ser ocupado por mérito, não por estereótipo.
O combate à violência contra a mulher no Brasil acaba de avançar mais um passo. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou uma medida inédita: homens condenados por lesão corporal grave contra mulheres, em razão de gênero, terão obrigatoriamente seu DNA coletado e inserido no banco nacional de perfis genéticos.
Até então, a coleta de material genético era restrita a condenados por crimes hediondos, como homicídio ou estupro. Agora, ao incluir a lesão corporal grave nessa lista, o governo reconhece a gravidade desses crimes e sua ligação direta com o risco de reincidência e de evolução para crimes ainda mais graves, como o feminicídio.
Essa decisão tem caráter preventivo e investigativo. O DNA coletado permitirá cruzamento de dados, facilitando a identificação de agressores em casos futuros, fortalecendo o trabalho das polícias e tornando mais eficiente o combate à violência de gênero.
Mais do que punição, a medida carrega um recado claro: agredir uma mulher não será tratado como crime menor. É uma sinalização firme de que o Estado está disposto a agir com rigor, utilizando tecnologia e inteligência para proteger vidas femininas.
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