Quase sete milhões de estudantes foram vítimas de algum tipo de violência na escola, no período de doze meses, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado. Isso representa 11% dos quase 60 milhões de alunos matriculados. Os dados também apontam que 90% das pessoas têm mais medo da violência na escola do que nas ruas. 87% acha que a presença da polícia na escola é importante para combater a violência.
Segundo o estudo, a percepção de bullying é mais frequente entre pessoas mais jovens. Entre as que têm 16 a 29 anos, 52% delas disseram que já sofreram bullying no ambiente escolar. Perguntados se já sofreram violência na escola, mesmo que atualmente não estejam estudando, o índice dos que disseram sim subiu para 22% e quanto ao bullying, o percentual vai para 33%. Contudo, os entrevistados com mais de 60 anos não relacionam o bullying à violência.
A violência protagonizada nas salas de aula possuem diversas causas:
- transferência do papel dos pais na educação de seus filhos e o consequente acúmulo de funções por parte do educador
- falta ou insuficiência de políticas públicas, resultando num sentimento de incapacidade por parte dos docentes diante às situações mais graves como é o caso da participação dos discentes no tráfico de entorpecentes e o fácil acesso a armas de fogo.
- falta de investimento na educação, a desigualdade social
- falta de estrutura física das escolas
- bullying (consiste em perseguição, humilhação, intimidação, agressão e difamação sistemática)
- cyberbullying (prática de bullying por meio de ambientes virtuais, como redes sociais e aplicativos de mensagem
- falta de segurança pública
Essa pesquisa sobre violência escolar foi realizada em maio de 2023. Foram 2068 pessoas entrevistadas, de todo o país, com 16 anos ou mais.
A 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, divulgada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), aponta que 74% das brasileiras perceberam um aumento da violência doméstica e familiar em 2023. Das entrevistadas que sofreram algum tipo de violência a maioria foi violada de forma física, psicológica e/ou moral.
No recorte regional, a percepção de aumento da violência contra a mulher foi mais acentuada na região Centro-Oeste (79%), seguida pela região Nordeste (78%), depois Norte (74%), Sudeste (72%) e em último lugar a região Sul (66%).
Ainda segundo a pesquisa, 30% das mulheres do país já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por homens. O número representa mais de 25,4 milhões de brasileiras que já foram vítimas desse tipo violência em algum momento da vida.
O tipo de violência sofrida mais frequente é a psicológica (89%), seguida pela moral (77%). As entrevistadas responderam que a violência física também é recorrente (76%). A maioria das mulheres que respondeu ter sido vítima de violência tem entre 40 e 49 anos.
Em todos os casos, as mulheres mais pobres são as mais vulneráveis. A maior parte das brasileiras entrevistadas (62%) acredita que as mulheres denunciam cada vez menos para as autoridades devido a sensação de impunidade.
O levantamento também revela que para 73% das brasileiras, ter medo do agressor leva uma mulher na maioria das vezes a não denunciar a agressão. A falta de punição e a dependência financeira são outras situações que, para 61% das brasileiras, levam uma mulher a não denunciar a agressão na maior parte dos casos.
Entretanto, o percentual das vítimas que continuam casadas com seus agressores diminuiu para 26%, contrastando com os 43% registrados em 2019. 94% das mulheres também terminaram namoros agressivos. A percepção da pesquisa é de que as mulheres que sofrem agressão se calam perante a violência.
A projeção foi feita pela World Obesity Federation, organização internacional voltada para redução, prevenção e tratamento da obesidade, afirma que o Brasil deverá ter, até 2030, quase 30% de sua população adulta com obesidade
Atualmente, dados da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) de 2021, uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, indicam que 22% da população brasileira adulta apresenta obesidade.
A condição é calculada por meio do IMC (índice de massa corporal), que consiste na divisão do peso pela altura ao quadrado. Quando o resultado fica entre 25 e 30, considera-se que há sobrepeso — condição que atinge 57% da população adulta no país, segundo a Vigitel. Se o IMC for maior que 30, o caso é categorizado como obesidade.
Os números da World Obesity Federation também revelam que a condição pode ser uma realidade para mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo até 2030. Para efeito de comparação, em 2010 o número era aproximadamente a metade. Segundo os especialistas, fatores relativamente conhecidos para obesidade estão impactando países que anteriormente não tinham altas taxas, como um largo acesso a comidas muito industrializadas e de alimentos refinados.