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Burnout infantil: síndrome das crianças esgotadas

Síndrome vem, às vezes, acompanhada de alguns sinais físicos e surge a partir da exposição prolongada a preocupações e estresse

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Foto: Freepik
A dedicação extrema aos estudos, rotinas sobrecarregadas e alto nível de cobrança por parte da família, podem ser as causas do burnout infantil
O burnout infantil se caracteriza por uma situação emocional, que provoca esgotamento na criança. É uma síndrome que, às vezes, vem acompanhada de alguns sinais físicos e surge a partir da exposição prolongada a preocupações e estresse. A criança fica sem disposição para atividades simples do cotidiano, como tomar banho, estudar ou brincar com os amiguinhos. Essa falta de energia é um dos indicativos do burnout infantil. 

Exemplificando, é normal uma criança se aborrecer, ficar um tempo no quarto com raiva, depois se acalmar e voltar para o convívio familiar. O problema pode surgir quando a criança se isola constantemente, sem motivo aparente. Caso isso aconteça, é necessário observar se ela está passando por algum momento conturbado, que a faça ter o desejo de se afastar de tudo e de todos. 

A dedicação extrema aos estudos, rotinas sobrecarregadas e alto nível de cobrança por parte da família, podem ser as causas do burnout infantil. Os sintomas são:

  • Choro fácil;
  • Falta de energia;
  • Cansaço;
  • Isolamento;
  • Dificuldade para se concentrar nos estudos;
  • Queda do desempenho escolar;
  • Necessidade de mais dedicação do que outros colegas para alcançar resultados semelhantes;
  • Problemas de auto-estima;
  • Ansiedade;
  • Estresse acumulado;
  • Falta de relação com crianças da mesma faixa-etária;
  • Alterações bruscas de humor;
  • Perda de apetite e outros.

Para evitar, é importante estimular a prática de exercícios físicos, garantir pausas de descanso entre as atividades, implementar uma rotina equilibrada, aliando estudo e diversão, proporcionar um ambiente convidativo ao sono. 

Quando há suspeita de burnout infantil, o mais indicado é procurar um psicólogo ou psiquiatra, que atue com crianças. O tratamento costuma ser realizado com psicoterapia, podendo envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos).

AUXÍLIO-ALUGUEL PARA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
 

Um novo texto altera a Lei Maria da Penha. Agora as mulheres vítimas de violência doméstica e em situação de vulnerabilidade socioeconômica poderão receber um auxílio-aluguel,  para se protegerem dos relacionamentos abusivos. Esse auxílio não poderá ter duração superior a seis meses. 

Segundo a Agência Nacional, será pago pelos estados, municípios ou Distrito Federal, utilizando os recursos destinados à assistência social. A decisão de pagar o aluguel deve partir do juiz, responsável pelo caso de violência doméstica. 

Conforme o governo federal, a proposta contou com parecer favorável do Ministério das Mulheres, levando em conta que apenas 134 municípios brasileiros contam com casas-abrigo para mulheres vítimas de violência, além de outras 43 unidades mantidas por governos estaduais em todo o país.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública estimou que cerca de 18,6 milhões de mulheres foram vítimas de violência no Brasil em 2022. Em média, as vítimas foram agredidas quatro vezes ao longo do ano passado. Entre as divorciadas, a média foi de nove agressões em 2022.

EMPRESA AMIGA DA MULHER 
 
 

O selo Empresa Amiga da Mulher exalta iniciativas de empresas que promovem a inclusão de mulheres vítimas de violência doméstica no ambiente de trabalho. Assim, essa verificação pode ser um diferencial nos processos de licitação e contratos com a administração pública. Uma pesquisa realizada em 2022 pela Rede de Observatórios da Segurança, afirma que no Brasil, a cada quatro horas uma mulher é vítima de violência e, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a diferença de remuneração entre homens e mulheres atingiu 22%. 

Para ter direito ao selo, com validade de dois anos, as empresas deverão cumprir pelo menos duas das quatro exigências previstas na nova lei. Será necessário reservar 2% do quadro para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, ampliar a participação feminina nos cargos da alta administração, promover capacitação sobre proteção dos direitos da mulher e garantir a equiparação salarial entre homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos. Segundo a Agência Brasil, a lei ainda precisa ser regulamentada para definir como serão os processos de concessão, renovação e de perda do selo. 

INVESTIMENTO FEMININO X MASCULINO 
 
 

Uma pesquisa do  Bank of New York Mellon afirma que se as mulheres investissem no mesmo ritmo que os homens, haveria cerca de US$ 3,2 bilhões (cerca de R$ 15,7 bilhões) a mais de capital para aportes globais. Ao investir menos do que os homens, agravam-se as desvantagens financeiras e limita a influência coletiva das mulheres como investidoras. 

Em contrapartida, as que já investem procuram mais do que apenas o retorno financeiro. Também desejam ver um impacto positivo na sociedade e no meio-ambiente. Desta forma, um maior incentivo de investimentos para o mundo feminino, poderia aumentar o capital destinado a fundos com princípios socioambientais.