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Microcrédito, o grande case do BNB
O Banco do Nordeste completou 70 anos em 2022 atuado fortemente na concessão de crédito para todos os níveis de negócios. Seu principal instrumento de financiamento para atração de investimentos para a região é o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, o FNE, que tem a missão de ser a linha de crédito mais barata, abraçando do pequeno ao grande empresário. Mas é o microcrédito o grande case de sucesso do banco.
Criado em 1951, por sugestão do então de ministro da Fazenda, Horácio Láfer, durante o governo de Getúlio Vargas, o programa gerido pelo BNB tornou-se o maior financiador de microcrédito do Brasil e quer se tornar o maior do mundo. Denominado Crediamigo, o programa começou no Ceará, em 1998, com viés de combate à fome.
Não demorou para se perceber que com R$ 100,00, R$ 200,00, é possível ajudar pequenos empreendedores a gerar renda. E, na medida em que os negócios cresciam e os empréstimos iam sendo pagos, novos microempresários eram beneficiados. O microcrédito logo se espalhou pelo Nordeste. Em 2021, só em Pernambuco, foram R$ 900 milhões em créditos concedidos.
Ticket médio
O ticket médio dos empréstimos é de R$ 4 mil, embora o teto seja de R$ 21 mil. Mas as pessoas não têm acesso só ao crédito, recebem capacitação e para isso existe um batalhão de agentes atuando na área de influência do banco, como me detalhou o superintendente do BNB em Pernambuco, Pedro Hermírio Freitas, no podcast Diario Econômico que está no ar.
Rede
O programa atinge todos os estados do Nordeste, o norte de Minas Gerais e o do Espírito Santo. “Assessores de crédito percorrem a região sobre motos e com tecnologia, levando o crédito às comunidades rurais e também acesso a conhecimento que elas não dispõem, como manejo, genética, armazenamento de energia e conectividade”, explica Pedro Hermírio.
Sucesso
É a capacitação, entre outros fatores, que tem garantido um índice de sucesso alto ao programa. A adimplência supera os 95%. O que é fundamental para a manutenção do sistema, já que o Crediamigo e o Agroamigo – sua versão para o campo- não são alimentados com verbas repassadas pelo governo, mas resultam da retroalimentação do sistema.
FNE
Pedro Hermírio também analisa como o FNE tem ajudado a economia regional a se renovar. “O Nordeste se tornou autossuficiente em energia limpa. E tem muito dinheiro do FNE nos parques eólicos e solares que se estendem pela região. O FNE tem contribuído para transformar a matriz energética do Brasil”, sustenta.
Orçamento
O FNE, que tem orçamento da ordem de R$ 40 bilhões ao ano, tem ajudado outro setor importante: o de saneamento. Está presente ainda na fruticultura, na avicultura, na agropecuária, no setor sucroalcooleiro. Do Litoral ao Sertão se vê a presença do FNE na região. Confira a entrevista em nossos canais do Youtube e Spotify.