Hamilton de Holanda celebra ancestralidade em show no Mimo Festival
Show reúne composições de diferentes fases da carreira e homenageia a improvisação
Multipremiado improvisador e compositor, Hamilton de Holanda é reconhecido internacionalmente por reinventar o bandolim de 10 cordas e expandir seus horizontes musicais. Neste domingo (14), às 20h30, o instrumentista sobe ao palco do MIMO Festival, em Olinda, acompanhado do pianista Salomão Soares e do baterista Thiago “Big” Rabello, em uma formação de trio que une sofisticação, energia e improvisação.
Com uma carreira marcada por apresentações em renomados festivais e salas de concerto pelo mundo, o músico celebra o reencontro com o público pernambucano em um momento especial. “A minha expectativa é de arrepiar do começo ao fim, por dois motivos principais. O primeiro é que faço parte dessa história desde o início — toquei já nas primeiras edições, quando a MIMO ainda se chamava Mostra Internacional de Música de Olinda. O segundo motivo é afetivo: minha ancestralidade está toda aí. Minha família é de Moreno, em Pernambuco, e sempre que volto sinto uma energia especial, como se meus antepassados estivessem presentes, compartilhando essa força comigo”, destaca.
Hamilton sublinha ainda a riqueza cultural do estado como fonte de inspiração constante. “Pernambuco é um dos lugares com maior diversidade de manifestações culturais. Sempre contribuo com o meu bandolim, mas ao mesmo tempo estou sempre aprendendo. Agora mesmo estou gravando um disco novo, e tem uma música que atravessa o forró, o maracatu e o coco. Isso acontece naturalmente, porque meu sangue também é pernambucano”, afirma.
O concerto em Olinda tem como base o álbum gravado ao vivo em Nova Iorque, no ano passado, com os mesmos parceiros de palco. O repertório mescla composições de diferentes fases da trajetória de Hamilton e destaca o diálogo entre o choro e o jazz. “É o encontro da improvisação dos dois universos, somado ao fraseado melódico do choro, que foi super bem recebido lá fora. Cada show é único, sempre criamos algo especial para aquele momento, e em Olinda não vai ser diferente. Podem esperar surpresas”, antecipa o bandolinista.