‘Morango do amor’ ainda faz sucesso no Recife após febre viral
No Recife, uma confeitaria está no ranking das que mais venderam o doce em todo o Brasil
A Orange Bake, localizada em Boa Viagem, surfou na onda da febre do “morango do amor” e conquistou um feito inédito em Pernambuco. De acordo com dados do iFood, a confeitaria foi a que mais vendeu o doce no estado e uma das que mais venderam no país. O fenômeno surgiu há cerca de um mês e rapidamente se tornou tendência em estabelecimentos de diferentes portes.
O início da produção foi tímido, mas logo ganhou proporções surpreendentes. Em entrevista ao Viver, Michelle Camara contou que, no dia 17 de julho, a loja colocou à venda apenas 50 unidades, que se esgotaram em pouco mais de 30 minutos. No segundo dia, a produção dobrou para 100 morangos, encerrando em uma hora. Já no terceiro dia, foram 350 unidades. Uma semana depois, a confeitaria já produzia cerca de 600 morangos diariamente com o apoio de uma equipe de seis pessoas. Até o momento, ela revelou já ter produzido mais de 5.000 unidades do doce, sendo 2.000 vendidos pela plataforma de delivery.
No entanto, foi em 29 de julho, 12 dias após o início das vendas, que a empresária recebeu uma ligação que mudou o rumo do negócio. O iFood confirmou que a loja havia se tornado a que mais vendeu “morango do amor” em Pernambuco e estava entre as dez primeiras do país no ranking nacional. “Jamais imaginei que isso fosse acontecer. Fiquei surpresa e feliz demais. Não houve planejamento inicial, apenas tive que me organizar de acordo com a demanda que existia”, contou ela.
Formada em Cozinha & Gestão pelo Instituto Paul Bocuse, na França, Michelle está à frente da Orange Bake há cinco anos, projeto que começou em março de 2020, na cozinha de sua casa durante a pandemia, produzindo cerca de 80 bolos por dia. Apesar da formação internacional, foi a simplicidade do morango coberto de açúcar que trouxe um dos maiores reconhecimentos da confeitaria. Para ela, o 'boom' do doce mostrou como as redes sociais podem transformar tendências passageiras em oportunidades concretas.
Com o sucesso repentino, a equipe precisou se adaptar à nova realidade, equilibrando o hype com a manutenção da qualidade. “Embora a procura tenha diminuído, ele continua saindo. Enquanto houver demanda, vou continuar oferecendo o morango do amor”, afirmou, ressaltando que agora busca consolidar o doce como opção fixa no cardápio.
Um mês após o hype, o impacto do fenômeno foi sentido especialmente no delivery, que conquistou mais de 1.500 novos clientes em poucas semanas. “Em duas semanas, o doce me trouxe mais de mil e novos clientes. Agora, minha base no delivery deve chegar a quase 2.000 pessoas”, contou Michelle.
Apesar do sucesso estrondoso do “morango do amor”, a empresária lembra que o carro-chefe do estabelecimento continua sendo o bolo de pistache, destaque da casa desde a abertura. Ainda assim, o doce viralizado se tornou um marco na história do estabelecimento, mostrando como as tendências passageiras podem se transformar em oportunidade e inovação no mercado pernambucano.