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Possível violência sexual contra criança em creche de Petrolina é investigada pelo MPPE

Caso teria acontecido em agosto deste ano. Mãe procurou ajuda após a criança relatar que foi levada por um funcionário da creche para uma sala, onde os abusos teriam ocorrido

Por Adelmo Lucena

Criança teria sifo abusada por profissional da creche, segundo denúncia

Uma denúncia de violência sexual contra uma criança de 3 anos nas dependências de uma creche em Petrolina, no Sertão, está sendo investigada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O órgão instaurou um procedimento administrativo nesta sexta-feira (12) para dar continuidade à apuração.

O caso chegou ao Ministério Público após o Instituto Social das Medianeiras da Paz (ISMEP - Dom Malan) enviar um ofício relatando que, no dia 1º de agosto, a criança e a mãe procuraram atendimento hospitalar informando possível situação de abuso sexual ocorrida na unidade de ensino.

Segundo o relato encaminhado ao MPPE, ao buscar o filho na creche, a mãe foi informada que ele havia se queixado de desconforto urinário. Ainda de acordo com a narrativa, a criança afirmou que um homem identificado como “homem do jardim” o teria levado até uma sala conhecida como “sala de Priscila”, onde ambos ficaram sozinhos, momento em que o suspeito teria “mexido em seu bumbum”.

Após receber a denúncia, o Ministério Público enviou ofícios solicitando à Delegacia da 213ª Circunscrição informações sobre o inquérito instaurado para investigar o caso. O MPPE estabeleceu um prazo de 20 dias para resposta, mas não recebeu retorno.

A Notícia de Fato referente ao caso foi encaminhada à promotoria em 6 de agosto. No entanto, o prazo legal para conclusão, 4 de setembro, já estava vencido quando o procedimento chegou ao órgão, o que levou à necessidade de prorrogação para continuidade das diligências.

A promotora responsável ressaltou que o atraso não foi causado pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Petrolina. Com o vencimento do prazo e a ausência de resposta dos órgãos acionados, o MPPE converteu a Notícia de Fato em procedimento administrativo de interesses individuais indisponíveis, possibilitando o prosseguimento da investigação.

Com a abertura do novo procedimento, o MPPE determinou:

  • Expedição de ofício ao CREAS, que deverá, em até 20 dias, apresentar relatório atualizado sobre o atendimento à criança e as medidas adotadas;
  • Novo ofício à Delegacia de Polícia, também com prazo de 20 dias, solicitando o número do inquérito policial relativo ao caso.