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Caso Esther: Polícia Civil afirma que cumprirá novas orientações do MPPE

O inquérito da morte da menina Esther foi devolvido pelo MPPE menos de uma semana após o indiciamento de duas pessoas suspeitas de envolvimento no caso

Por Diario de Pernambuco

Esther Isabelly foi encontrada dentro de uma cacimba, localizada em uma residência no bairro do Pixete, em São Lourenço da Mata, no dia 21 de outubro

A Polícia Civil de Pernambuco informou, nesta terça-feira (9), que recebeu a solicitação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) referente ao inquérito que apura a morte de Esther Isabelly Pereira, de 4 anos, encontrada em uma cacimba em São Lourenço da Mata. Segundo a corporação, as orientações encaminhadas pelo órgão ministerial serão cumpridas.

O inquérito havia sido devolvido pelo MPPE menos de uma semana após o indiciamento de duas pessoas suspeitas de envolvimento no caso.

Nesta manhã, o Ministério Público declarou ter requisitado “diligências complementares e imprescindíveis” para o oferecimento da denúncia.

O MPPE informou que o retorno do procedimento policial à 10ª Delegacia de Homicídios busca ampliar a apuração “para alcançar todos os crimes perpetrados e imputar devidamente as condutas aos seus autores”.

Indiciados no caso da morte de Esther Isabelly

A Polícia Civil de Pernambuco indiciou Fernando Santos de Brito, 31 anos, pela morte e ocultação do corpo de Esther Isabelly Pereira, 4 anos. A ex-companheira dele, Uilma Ferreira dos Santos, 33, também foi indiciada por ocultação de cadáver.

Fernando segue preso preventivamente, assim como Fabiano Rodrigues de Lima, 27. Fabiano dividia o terreno onde o corpo foi encontrado, mas, segundo a Polícia Civil, não houve comprovação de dolo por parte dele na ocultação.

A Promotoria Criminal de São Lourenço da Mata pediu, na quinta-feira (4), a prorrogação da prisão temporária de Uilma. O Juízo Criminal deferiu o pedido na sexta-feira (10).

Coletiva

Na úlitma sexta (5), em coletiva, a delegada Juliana Bernat explicou que exames identificaram material genético de Esther na parede e no piso do quarto de Fernando. A delegada não apresentou motivação para o crime e citou apenas relatos sobre comportamento agressivo do investigado, principalmente quando fazia uso de drogas ou álcool.

A Polícia Civil também apura a possível participação de outra mulher que esteve na casa de um dos indiciados na noite do desaparecimento.

Relembre o caso

Esther desapareceu em 20 de outubro, enquanto brincava com os irmãos, de 10, 8 e 7 anos, perto de um campo de futebol no bairro Pixete, em São Lourenço da Mata. Os meninos relataram ter visto um homem encapuzado levar a criança para o imóvel onde Fernando e Fabiano viviam, mas não conseguiram identificar o responsável.

Moradores iniciaram buscas e chegaram ao local onde o corpo foi encontrado, no dia 21, no fundo de uma cacimba. O desaparecimento durou cerca de 21 horas.

O corpo tinha lesões no rosto. Ao lado, havia um preservativo e uma caixa de achocolatado. Perícia do IML apontou traumatismo cranioencefálico provocado por instrumento contundente como causa da morte.

O que diz o MPPE

Ao Diario, o Ministério de Público de Pernambuco (MPPE) confirmou a devolução do inquérito à Polícia Civil. "Nos termos do art. 16 do Código de Processo Penal, a Promotoria de Justiça Criminal de São Lourenço da Mata enviou o Inquérito Policial n° 2025.0479.000590-39 à 10ª Delegacia de Polícia de Homicídios, requisitando diligências complementares e imprescindíveis para o oferecimento da denúncia, a fim de alcançar todos os crimes perpetrados e imputando devidamente as condutas aos seus autores", disse a nota oficial do MPPE.

Além disso, a Promotoria de Justiça Criminal de São Lourenço da Mata informou que, no dia 04 de dezembro, requereu a prorrogação da prisão temporária de Uilma Ferreira, o que foi deferido pelo Juízo Criminal de São Lourenço da Mata, no dia seguinte.


A Promotoria disse ainda que os demais suspeitos se encontram presos preventivamente.