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IBGE: Recife tem 2º maior número de moradores de favelas em vias sem pavimentação

Dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE revelam que 345 mil moradores de favelas do Recife vivem em vias sem pavimentação

Por Diario de Pernambuco

Segundo o IBGE, 345 mil moradores de favelas do Recife vivem em vias sem pavimentação

Dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (5) revelam que 345 mil moradores de favelas do Recife vivem em vias sem pavimentação. O número absoluto é o segundo maior do país, atrás apenas da cidade de São Paulo, com 396 mil habitantes de comunidades vivendo em territórios similares.

As capitais Belém (PA) e Rio de Janeiro (RJ) também aparecem entre os destaques, com 255 mil e 233 mil pessoas vivendo em favelas com vias sem pavimentação, respectivamente.

Ao todo, cerca de 3,5 milhões de brasileiros residem em áreas não-pavimentadas de comunidades. O número representa 21,7% da população destes territórios.

O Recife também possui o terceiro maior número de pessoas vivendo em trechos de favelas sem bueiros ou boca de lobo. São pouco mais de 626 mil habitantes morando em regiões carentes de infraestrutura e saneamento básico.

Em números absolutos, a capital pernambucana aparece atrás das cidades de São Paulo, com 1,6 milhão de moradores nestas mesmas condições, e do Rio de Janeiro, com mais de 694 mil pessoas.

Em todo o país, mais da metade (54,6%) dos moradores de favelas vivem em vias sem bueiro ou boca de lobo. O percentual equivale a 8,8 milhões de pessoas. O Nordeste possui um dos menores índices de habitantes vivendo nestas condições – são 34,9%, ficando à frente apenas da região Centro-oeste, com 27,9%.

Áreas arborizadas

O Censo 2022 do IBGE também constatou que, no Recife, apenas 24,7% da população de favelas vive em vias arborizadas – o terceiro menor percentual do país, atrás de Florianópolis (SC), com 17,5%, e Salvador (BA), com 21,2%.

Pernambuco também aparece entre os 13 estados que possuem menos de 40% dos moradores de comunidades morando em trechos arborizados. Apenas 25,6% dos pernambucanos nestes territórios vivem perto de árvores, à frente apenas de Santa Catarina (22,9%) e Bahia (25,3%).

Acessibilidade

A capital pernambucana também se destaca entre as cidades com menor índice de moradores de favelas e comunidades urbanas vivendo em trechos com acessibilidade para cadeirantes.

Somente 1% dos recifenses residem em áreas com rampas nas calçadas. O índice só é maior do que os 0,8% de Campo Grande (MS) e 0,9% de São José dos Campos (SP).