Policial suspeito de vazamento de informações morre após tentar fugir durante operação do MPPE
Operação cumpre 11 mandados de prisão nesta quinta-feira (4)
O policial militar suspeito de repassar informações sigilosas a integrantes do tráfico morreu nesta quinta-feira (4), após tentar fugir da viatura durante a Operação Eneida, deflagrada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). De acordo com nota divulgada pela Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), ele foi atingido por dois disparos feitos para contê-lo e não resistiu aos ferimentos.
A ação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ocorreu simultaneamente em Pernambuco e no Piauí, com foco no desmonte de uma organização criminosa ligada ao comércio ilegal de armas, drogas e ao fornecimento de informações sobre ações policiais a traficantes.
Ao todo, foram cumpridos 23 mandados judiciais, sendo 11 de prisão temporária e 12 de busca e apreensão, principalmente nas cidades pernambucanas de Caruaru e Bezerros, além de Teresina, no Piauí.
Segundo as investigações, o grupo funcionava como distribuidor “atacadista” de entorpecentes, responsável por armazenar grandes quantidades de drogas e abastecer pontos de venda, além de organizar o fluxo de compra e manutenção de armas e munições.
Conforme o MPPE, um dos policiais detidos atuava no repasse de dados sigilosos de inteligência, alertando líderes do tráfico sobre operações em andamento.
A PMPE informou que dois policiais foram presos durante a ação, um da ativa, em Bezerros, e outro da reserva remunerada, em Caruaru. Ambos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil. No entanto, após exame de corpo de delito, o militar tentou fugir durante o deslocamento e foi contido com disparos que o atingiram no cotovelo e na coxa esquerda. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Regional do Agreste, mas não resistiu.
Entre os crimes investigados estão organização criminosa, tráfico e associação para o tráfico de drogas, comércio ilegal e porte de arma de fogo, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional, com penas que podem ultrapassar 50 anos de reclusão.