Arquivo Público de Pernambuco celebra 80 anos com evento no Recife
O espaço promoveu uma série de atividades realizadas no préido onde funciona, na Rua do Imperador, no Recife
O Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje) comemorou, nesta quinta-feira (4), seus 80 anos de atuação com uma programação que ocupou todo o dia na sede da instituição, na Rua do Imperador, no bairro de Santo Antônio, no Recife. A celebração reuniu pesquisadores, representantes de universidades, instituições culturais e órgãos públicos.
As atividades começaram às 9h com a abertura oficial, seguida pela reunião do Conselho de Patrimônio. À tarde, o debate concentrou-se no papel atual do Arquivo e sua função social.
O lançamento do livro “O antes, o durante e o depois - A Confederação do Equador em documentos da época”, elaborado por servidores do Arquivo, antecedeu as exposições de documentos, vídeos institucionais e apresentação de um ensaio fotográfico sobre o acervo.
Reconhecido como patrimônio institucional e referência para pesquisadores, o acervo preserva periódicos dos séculos XIX e XX, entre eles o Diario de Pernambuco, Jornal do Commercio e Aurora Pernambucana.
O espaço abriga ainda obras raras, cordéis, revistas, folhetos históricos e livros que detalham o percurso social, político e cultural de Pernambuco. Em 2025, a instituição registrou mais de mil atendimentos a estudantes, historiadores e cidadãos que buscam documentos para pesquisa e consulta.
Nos últimos anos, o prédio principal enfrentou problemas estruturais, como infiltração e desabamento parcial do teto, que levaram ao fechamento do anexo pela Defesa Civil e à transferência do acervo para o Prédio Rosa III, no IPHAN. Apesar disso, 2025 contou com a criação do Lamed-Apeje, laboratório dedicado aos acervos da repressão e da memória democrática.
O Arquivo também realizou ações de educação patrimonial, recebendo mais de vinte escolas e promovendo oficinas e formações, além de investir na produção editorial e científica com novos títulos e pesquisas, fortalecendo seu papel como centro de conhecimento e difusão da história pernambucana.