Diario de Pernambuco é um dos finalistas do Prêmio FIEPE de Jornalismo 2025
Jornal concorre na categoria Internet com reportagem sobre conflitos pesqueiros, da repórter Marília Parente
O Diario de Pernambuco está entre os finalistas do Prêmio FIEPE de Jornalismo 2025, que divulgou a lista nesta quarta-feira (3). A jornalista Marília Parente concorre na categoria Internet com a reportagem “Crises de ansiedade, assédio e atentados: conflitos pesqueiros penalizam marisqueiras e comunidades tradicionais em Pernambuco”.
A cerimônia de premiação será realizada no dia 11 de dezembro, na Casa da Indústria, no Recife. Os vencedores de cada categoria (Impresso, Internet, Radiojornalismo/Podcast e Videojornalismo) receberão R$ 7 mil.
Na reportagem finalista, o Diario revela como marisqueiras e comunidades tradicionais do Litoral Sul de Pernambuco têm sido afetadas por conflitos pesqueiros intensificados após a construção de um muro de 576 metros na Praia de Maracaípe. Erguida por um empresário, a barreira passou a restringir o acesso ao mar, ao rio e ao manguezal, comprometendo a pesca artesanal e agravando impactos ambientais.
As marisqueiras relatam episódios de ansiedade, depressão, intimidações, assédio e perda de vínculos culturais. A estrutura já foi alvo de denúncias do Ministério Público Federal (MPF), Ibama, SPU e entidades civis, que apontam danos ambientais, indícios de privatização da praia e ocupação de área pública. Embora a CPRH tenha determinado a retirada do muro, o impasse permanece na Justiça.
A matéria também destaca situações semelhantes em outras regiões, como no quilombo Engenho Siqueira, em Rio Formoso, onde o avanço desordenado do turismo, o bloqueio de acessos e o despejo irregular de resíduos ameaçam práticas tradicionais de pesca e permanência no território.
“Penso que essa indicação é um duplo reconhecimento, tanto da luta das marisqueiras do Litoral Sul de Pernambuco que se encontram em situação de conflito, quanto de nosso esforço de produção e apuração. As marisqueiras são parte da identidade, da economia e da cultura de nosso estado. Elas precisam ser protagonistas de qualquer projeto de desenvolvimento em seus territórios”, afirma a repórter Marília Parente.