Sociedade Brasileira de Pediatria defende fortalecimento da Atenção Primária com 4 mil pediatras
"A presença do pediatra não é para substituir, mas sim para somar, unir e fortalecer as equipes e o sistema", destaca o documento
Nesta sexta-feira (14), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou a Carta de Recife, que reforça a importância de haver médicos pediatras nas equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil.
Segundo a SBP, há quase 50 mil pediatras titulados para 45 milhões de crianças e adolescentes no Brasil. Sendo assim, a entidade propõe a incorporação de 2 mil a 3 mil pediatras nas equipes de saúde da família, podendo chegar a um máximo de 4 mil, conforme as condições locais de saúde e o perfil da população.
“A presença do pediatra não é para substituir, mas sim para somar, unir e fortalecer as equipes e o sistema”, destaca o documento (leia na íntegra no fim desta matéria).
A carta destaca que o médico pediatra mantêm uma interação diferenciada com as famílias dos pacientes e que pode "somar esforços no sentido de planejar, programar e executar ações de promoção de saúde e prevenção de agravos na infância e adolescência, contribuindo para a formação de uma população adulta mais saudável e produtiva para o Brasil”.
Com a publicação da Carta de Recife, a SBP busca o apoio das famílias, representantes da sociedade, dos pediatras, dos demais profissionais de saúde, gestores e representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para assegurar a garantia desse direito constitucional, que há muito vem sendo negado às crianças e adolescentes brasileiros.
POLÍTICA PÚBLICA
A entidade destaca ainda que cerca de 90% das demandas de saúde da população podem ser identificadas e solucionadas no âmbito da APS.
A proposta da SBP configura uma política de saúde de alto impacto social, mais segura, com menor risco e redução de custos: menos pedidos de exames, menos procedimentos e menos internações desnecessárias. Além disso, menor chance de doenças agudas se tornarem crônicas e menor probabilidade de desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas no futuro.
O documento foi aprovado pelo Conselho Superior da entidade durante o 16º Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (Cobrapem), foi elaborado com base nas deliberações dos Fóruns Regionais de Defesa da Pediatria realizados ao longo de 2025.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA CARTA DE RECIFE: