Guarda municipal é condenado a 16 anos de prisão por matar homem em Itapissuma
O assassinato coorreu após o autor do disparo discutir com a vítima sobre a iluminação de um campo de futebol
A Justiça de Pernambuco condenou a 16 anos de prisão o guarda municipal Jailton Pereira Gadelha, de 58 anos, pelo assassinato de Hélder dos Santos Silva, de 32 anos, em Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife. O crime ocorreu em 13 de agosto de 2022 após uma discussão motivada por uma reclamação sobre a iluminação de um campo de futebol.
A família relatou que Hélder participava de uma partida no campo quando questionou Jailton, que estava de serviço, sobre a falta de iluminação adequada. Diante da reclamação, o guarda municipal sacou um revólver calibre .38. A vítima tentou correr, mas foi atingida pelas costas e morreu no local, na frente do filho de sete anos e da esposa. Após o crime, o guarda fugiu.
O tiro foi disparado nas costas da vítima, que teve o pulmão perfurado, atingiu o coração e ficou com a bala alojada no peito.
Hélder era conhecido na comunidade por seu envolvimento em projetos sociais. Ele foi fundador do time amador Belota e participava de iniciativas voltadas a crianças e adolescentes. Para complementar a renda da família, vendia ostras, segundo relato da esposa.
Três dias após o homicídio, Jailton se apresentou à polícia e entregou a arma utilizada no crime. Desde então, ele permaneceu preso. No julgamento, o guarda alegou que não atirou contra a vítima, afirmando que teria disparado para o alto.
Em nota divulgada à época, a Prefeitura de Itapissuma lamentou o ocorrido e ressaltou que os guardas municipais não possuem autorização para portar armas de fogo letais. O município também informou que o revólver usado por Jailton não fazia parte do equipamento oficial da corporação.
Com a decisão judicial, Jailton Pereira Gadelha cumprirá pena de 16 anos de reclusão pelo crime de homicídio duplamente qualificado. As qualificações foram motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.