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Após denúncias, CPRH investiga origem de combustível que teria contaminado canal e matado animais no Recife

Pelo menos nove aniamsi foram encontardos mortos em canal por agentes da CPRH

Por Diario de Pernambuco

Equipe da CPRH deve coletar amostras de água e solo na quarta-feira (5) para análise

A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) investiga um vazamento de combustível que atingiu o Córrego da Malária, no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife. O incidente foi identificado na manhã desta terça-feira (4), após moradores do Ibura denunciarem, por meio de vídeos, a presença de animais mortos e o forte cheiro de combustível na região.

Equipes técnicas da CPRH estiveram no local e confirmaram o derramamento de um produto compatível com querosene de aviação, possivelmente proveniente do Aeroporto Internacional do Recife. Durante a vistoria, os fiscais recolheram 47 animais, nove deles já mortos e 38 debilitados.

Os que foram encontrados com vida foram encaminhados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras Tangara), na Zona Norte, para tratamento veterinário.

Os agentes ambientais também inspecionaram o trecho do córrego que passa pela área do complexo aeroportuário e realizaram verificações nos tanques de armazenamento e caixas de passagem do “pool de combustíveis”, operado pelas empresas Raízen, Air BP Brasil e Vibra Energia. Foram detectados vestígios do produto na saída da estação elevatória, além de odor semelhante ao constatado no Ipsep.

Uma equipe do laboratório da CPRH deve coletar amostras de água e solo na quarta-feira (5) para análise. A Aena Brasil, administradora do Aeroporto Internacional do Recife, informou que ainda não foi possível identificar a origem do vazamento, se partiu de um dos tanques ou de caminhões de abastecimento.

A empresa afirmou ter acionado o plano de emergência ambiental, com instalação de barreiras químicas, sucção do material, contenção e limpeza do local afetado. A Aena também foi notificada pela CPRH a apresentar esclarecimentos e deverá ser autuada por contaminação do corpo hídrico e danos à fauna.

A CPRH informou que outras medidas poderão ser adotadas após a conclusão das análises laboratoriais e a contabilização final dos animais resgatados e recuperados.