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Passageiro assume direção após motorista ser ofendido e deixar ônibus na rua no Recife

De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, o motorista optou por descer do veículo para evitar que a situação se agravasse. Caso foi registrado nesta sexta (24), no Recife

Por Adelmo Lucena

Passageiro assumiu controle de ônibus após motorista descer de veículo por ter sido ofendido

Um motorista de ônibus que fazia a Linha Pelópidas – Macaxeira, no Grande Recife, abandonou o veículo com passageiros após ser agredido verbalmente. O caso aconteceu nas proximidades do Terminal Macaxeira, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte do Recife, na tarde desta sexta-feira (24). Na ocasião, um passageiro assumiu o controle do coletivo.

De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, o motorista optou por descer do veículo para evitar que a situação se agravasse. Ele teria deixado a chave no coletivo e um dos passageiros decidiu conduzir o ônibus, que foi deixado nas proximidades do terminal.

O caso foi registrado por passageiro do veículo. Uma mulher chega a brincar: "sextou”. 

Como foi

De acordo com o motorista Adenilson da Silva, de 53 anos, ele foi ofendido por dois passageiros após pedir para que uma idosa saísse da passagem do coletivo. A passageira teria proferido ofensas contra junto com um homem que teria ficado incomodado com a atitude do condutor.

"Eu parei o veículo e disse para o me respeitar. Eu não tinha mais condições de seguir viagem, parei no acostamento e desci do veículo. Liguei para a empresa para que uma pessoa pudesse me render. Deixei minhas coisas no veículo e me afastei por uns 500 metros. Quando voltei o ônibus não estava mais lá", relata o condutor com 14 anos de expericência. 

Ele conta que um homem que já estava dentro do veículo sentou na cadeira e levou o ônibus até as proximidades do terminal. "Eu liguei para a empresa e disse o que aconteceu. A empresa viu pelo GPS que o ônibus estava parado perto do TI Macaxeira", complementa.

Adenilson ainda destacou que não está em condições psicológicas para voltar a trabalhar. "É um trabalho muito árduo, as pessoas são complicadas. Eu não abandonei o veículo, eu estacionei para esfriar a cabeça", afirma.