Viúva lembra grito que deu no desabamento em Olinda: "Jesus, bote tua mão. Ninguém vai suportar"
O drama da tragédia de Ouro Preto ainda está bem presente na cabeça de Fabiana Soares, de 34 anos, que perdeu marido e teve duas filhas feridas. Nesta terça (21), ela voltou ao local da tragédia de Ouro Preto para tentar achar roupas e documentos.
Dois dias depois do desabamento que matou dois e feriu 10, em Olinda, no Grande Recife, a viúva de uma das vítimas voltou ao local, nesta terça (21), para falar com os antigos vizinhos e procurar objetos e roupas.
O drama da tragédia de Ouro Preto ainda está bem presente na cabeça de Fabiana Soares, de 34 anos. Ela perdeu o marido, Cláudio Anjos Silva, de 40 anos, e as duas filhas ficaram feridas com o desmoronamento de oito moradias de um conjunto residencial.
Em entrevista ao Diario, durante mais uma vistoria realizada pela defesa Civil, ela resumiu aquele momento, uma “cena de terror”.
Ao ver o clarão da explosão, ela disse que gritou: “Jesus, bote sua mão. Ninguém aqui vai suportar”.
Tudo começou como um domingo como outro qualquer. Ela acordou com as filhas e Cláudio começou a se arrumar para ir jogar futebol com amigos, em Igarassu, no Grande Recife.
“Ele estava comigo. Três minutos depois que ele foi ao banheiro, desabou tudo. Aí, veio o silêncio”, contou.
Resgate
Fabiana lembrou que ficou sob os escombros, assim como as filhas. Ela estava no quarto, em um local de acesso mais fácil para os vizinhos chegarem logo.
Ela torceu o tornozelo,. Uma das filhas machucou o rosto e a outra teve fraturas na clavícula e na coluna.
As crianças, uma de 12 e a outra de 10 anos, estão na casa do pai, em Olinda. Ela foi para a casa da mãe dela, em Igarassu,
Casada com Cláudio, que era seu segundo relacionamento, Fabiana conta que conviveu com os vizinhos durante mais de um ano e estava naquela casa há quatro meses.
Sobre as possíveis causas da tragédia, disse que não sentiu cheiro de gás,
Uma das informações preliminares investigadas pelas autoridades é de vazamento de combustível na casa de Dona Luzinete, que morreu, e de seu José, que está internado com 85% do corpo queimado.
Sobre o relacionamento e a perda do marido, Fabiana, também deu um forte depoimento.
“Cláudio era um superpai, supermarido e supertio. Criou vínculo com as minhas filhas que não tinha explicação”.