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Novos tratamentos para o câncer de mama aumentam a sobrevida

Vacinas terapêuticas, terapias-alvo e as drogas inibidoras de CDK4/6 vem trazendo resultados expressivos

Por Luíza Cabral Saraiva - Estúdio DP

Com a evolução dos tratamentos para o câncer de mama, 90% das mulheres com diagnóstico inicial têm chance de cura, especialmente quando o tumor é descoberto precocemente, explica a especialista

Com o avanço da medicina, a idade média da população brasileira vem aumentando cada vez mais. Mas, apesar deste ser um bom indicativo do aumento da qualidade de vida, o envelhecimento da população também vem com os seus lados negativos.

Um deles é a elevação da quantidade de casos de câncer de mama diagnosticados devido ao crescente número de mulheres acima dos 50 anos, faixa etária com maior risco para o seu desenvolvimento. Apenas em 2025, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), serão cerca de 73 mil novos casos da doença no país.

“Vivemos mais e, com isso, há mais mulheres em faixas etárias de risco. A melhoria dos métodos de rastreamento, o diagnóstico mais precoce e mudanças no estilo de vida, como obesidade, sedentarismo, consumo de álcool e gravidez mais tardia, também contribuem para esse aumento. Parte desse crescimento reflete simplesmente o fato de estarmos detectando mais cedo”, comenta Isabella Figuerêdo, médica mastologista do Hospital Jayme da Fonte.

Os tratamentos clássicos incluem a radioterapia, que age localmente, destruindo possíveis células tumorais na região, a quimioterapia, que atua de forma sistêmica, atingindo células cancerígenas em todo o corpo, e a imunoterapia, que estimula o próprio sistema imunológico a reconhecer e combater as células do câncer.

“Cada uma tem indicações específicas e pode ser usada isoladamente ou em combinação”, explica a especialista. O surgimento de novas técnicas como as vacinas terapêuticas, terapias-alvo e uso de drogas inibidoras de CDK4/6, entre elas o ribociclibe, vem revolucionando a intervenção terapêutica do câncer de mama, trazendo resultados expressivos.

O ribociclibe, por exemplo, é indicado para mulheres com tumores luminais (os mais comuns) avançados ou metastáticos e atua bloqueando o ciclo de divisão das células tumorais, retardando o crescimento da doença. Quando associado à hormonioterapia, aumenta ainda mais a sobrevida global, um avanço importante que permite tratamentos mais eficazes e com boa tolerabilidade.

O câncer de mama é o mais comum nas mulheres, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, mas com a evolução dos tratamentos, 90% das mulheres com diagnóstico inicial têm chance de cura, especialmente quando o tumor é descoberto precocemente.

“Nos últimos anos, o tratamento do câncer de mama passou por uma verdadeira revolução e está cada vez mais personalizado, ou seja, podemos oferecer o medicamento certo para cada tipo de tumor, no momento certo”, finaliza Figuerêdo.

Consolidado no Polo Médico do Recife, o segundo maior do Brasil, o Jayme da Fonte é um moderno complexo hospitalar com uma trajetória de sete décadas de funcionamento. Oferece tratamentos modernos e integrados, com equipes de mastologia e oncologia trabalhando em conjunto para o atendimento individualizado de cada paciente.