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IBGE: 30,6% da população do Recife leva de 30 minutos a uma hora para chegar ao trabalho

Entre os moradores do Recife que levam mais de quatro horas para chegar ao trabalho, 377 ganham até 1 salário mínimo, o que representa 41% do total de pessoas que têm essa rotina

Por Diario de Pernambuco

Movimentação nas ruas do Recife

No Recife, 30,6% dos cidadãos que trabalham precisam de 30 minutos até 1 hora para chegar ao trabalho rotineiramente, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE, nesta quinta-feira (9). Em Pernambuco, o número cai para 21,9%.

O maior número de trabalhadores na capital pernambucana está na faixa de rendimento até um salário mínimo, com destaque para o tempo de deslocamento de até uma hora, num total de 194.438 pessoas (37%). Considerando todas as faixas de rendimento, no entanto, o deslocamento de até meia hora prevalece.

Por outro lado, entre os moradores do Recife que levam mais de quatro horas para chegar ao trabalho, 377 ganham até 1 salário mínimo, o que representa 41% do total de pessoas que têm essa rotina. Na outra ponta, apenas 42 pessoas que recebem mais de 3 a 5 salários mínimos precisam desse tempo dilatado de deslocamento para o trabalho principal.

Meios de transporte

Os meios de transporte mais utilizados no Recife foram o automóvel, com 171.264 pessoas ocupadas usando carro para poder trabalhar, e o ônibus, com 171.011 pessoas.

Os menores números ficaram com as embarcações em geral, com apenas 340 pessoas usando o meio aquaviário da capital para ir ao trabalho.

Foram registrados, também, 4.176 usuários de BRT ou ônibus de trânsito rápido, e 3.501 pessoas usando o serviço de mototáxi para o deslocamento ao trabalho.

Pernambuco

No estado de Pernambuco, o maior número de trabalhadores estava na faixa de quem recebe entre meio e um salário mínimo, com destaque para o grupo que leva de quinze minutos até meia hora para chegar ao trabalho. Eram 295.594 pessoas nessa condição.

O maior volume de trabalhadores no Estado está concentrado nessa faixa de mais de quinze minutos até meia hora, considerando todas as faixas salariais.

Por outro lado, é mais raro encontrar pessoas entre as que levam mais de quatro horas para chegar ao trabalho, independentemente da faixa de rendimento (11.987).

Ainda assim, entre elas, o menor número registrado está na classe mais alta de rendimento, as que recebem mais de cinco salários mínimos. Nessa situação, foram observadas apenas 544 pessoas. A grande maioria que leva esse tempo considerável de deslocamento recebe no máximo 1 salário mínimo (8.062 pessoas).

Em Pernambuco, os dois meios de transporte mais utilizados foram o deslocamento a pé, com 661.357 pessoas, e o ônibus, com 587.796 pessoas. Por outro lado, os menores números foram registrados para embarcações gerais, com apenas 2.864 pessoas além de caminhonete adaptada (8.902) e BRT (12.809).

No período de realização da pesquisa, a força de trabalho total no estado era de 3.644.318 pessoas com 14 anos ou mais. Dessa, 91,59% estava ocupada na data de referência e 8,41% desocupada. Por outro lado, 3.653.865 de pessoas foram consideradas fora da força de trabalho.

A força de trabalho é composta pelo total de pessoas classificadas como ocupadas e desocupadas. A desocupação refere-se a indivíduos que não estão trabalhando, mas que estão à procura de algum trabalho.

As maiores proporções da força de trabalho no estado estavam em Fernando de Noronha (84,3%), Toritama (65,3%) e Santa Cruz do Capibaribe (65%). As menores em Betânia (25,8%), Quixaba (24,3%) e Manari (19,9%).

O levantamento revelou, ainda, que 27,5% da força de trabalho de Pernambuco era sem instrução alguma ou com fundamental incompleto. A maior ocorrência da força de trabalho nessa classificação foi observada em Pedra, com 53,1% sem instrução ou com fundamental incompleto.

Apenas 18% tinha nível superior completo no estado, com prevalência do Recife (32,4%). A maior parte da força de trabalho em Pernambuco (40,6%) tinha ensino médio completo.

No contexto de precariedade, foram registrados 5.941 casos de ocupação de pessoas entre 10 e 13 anos de idade em Pernambuco. As maiores proporções foram observadas em Capoeiras (16%), Alagoinha (5,5%) e Toritama (5,4%).

O valor do rendimento nominal mediano mensal dessas pessoas de 10 anos ou mais de idade era de R$ 250, quando eram remuneradas. Em Águas Belas e Limoeiro, foram registrados valores de apenas R$ 100.