Sobe para 39 o número obstetras que entregaram carta de demissão ao Imip; hospital apresenta proposta de melhoria
Segundo o Simepe, a gestão do Imip apresentou propostas de melhorias na infraestrutura, aquisição de equipamentos, materiais e insumos, além de afirmar que está trabalhando na construção de uma proposta de reajuste salarial
O número de obstetras que entregaram carta de demissão ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) subiu para 39 pedidos. A informação foi repassada inicialmente pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e confirmada pela unidade hospitalar nesta quarta (1º).
Ainda segundo o Simepe, o quantitativo pode subir para 40, já que um obstetra deve entregar sua intenção de desligamento nesta quarta (1º).
Atualmente, os 39 pedidos representam, segundo o Simepe, 60% do quadro de obstetra do hospital, já que, de acordo com o sindicato, a unidade de saúde tem 65 médicos especialistas na área, sendo 62 na ativa e três afastados.
Segundo o Imip, a instituição conta com um quantitativo de 101 ginecologistas e obstetras em seu quadro de profissionais. O hospital não informou, até a publicação dessa matéria, o número específico de obstetras que trabalham na unidade de saúde.
Reunião de negociação
Nesta terça-feira (30), houve uma reunião, no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), entre representantes do Simepe, do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) e da gestão do Imip para apresentação de propostas de melhorias.
Segundo o Simepe, a gestão do Imip apresentou propostas de melhorias na infraestrutura, aquisição de equipamentos, materiais e insumos, além de afirmar que está trabalhando na construção de uma proposta de reajuste salarial a ser apresentada aos médicos obstetras que protocolaram carta de demissão neste mês de setembro.
Por meio de nota, o Imip reforçou “seu compromisso com o diálogo e permanece aberto à negociação, visando garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados à população”.
O Simepe também reafirmou, em publicação nas redes sociais, seu compromisso de seguir acompanhando o caso de perto, sempre ao lado dos médicos, em defesa de condições de trabalho dignas e de uma remuneração justa.
Motivo pelas demissões
A categoria já havia sinalizado a insatisfação em julho, quando 48 obstetras assinaram uma carta de intenção de desligamento, apontando problemas como sobrecarga de trabalho, baixa remuneração, falta de valorização profissional e dificuldades estruturais.
Mesmo após reuniões, não houve avanço nas reivindicações por reajuste salarial e melhores condições de trabalho, que culminou na entrega das cartas de demissão, iniciada no dia 18 de setembro.