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Caso Alicia: polícia encerra apuração sobre morte de garota agredida em escola

Durante o processo, foram analisadas imagens de câmeras de segurança da escola, laudos médicos e depoimentos de testemunhas, além de informações prestadas pela família da vítima.

Por Larissa Aguiar

Apesar dos esforços médicos, Alícia Valentina teve morte cerebral confirmada pelo HR nesta segunda-feira (8)

A Polícia Civil de Pernambuco concluiu o procedimento especial de menor que investigava a agressão sofrida pela estudante Alícia Valentina, de 11 anos, dentro da Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco, no Sertão do Estado.

O caso, ocorrido no dia 3 de setembro, foi finalizado no último dia 19 e encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que dará prosseguimento às medidas cabíveis.

Durante o processo, foram analisadas imagens de câmeras de segurança da escola, laudos médicos e depoimentos de testemunhas, além de informações prestadas pela família da vítima.

O inquérito foi conduzido pela Delegacia de Belém do São Francisco, que havia registrado a ocorrência inicialmente como lesão corporal. Após a confirmação da morte da estudante, em 7 de setembro, o caso passou a ser tratado como lesão corporal seguida de morte.

Um adolescente de 12 anos foi apreendido no dia 10 de setembro, em cumprimento a mandado de internação, por ato infracional análogo ao crime.

Há informações de que a garota foi atingida pela porta do banheiro da escola durante uma confusão que envolveu outros alunos. O laudo apontou que o óbito foi provocado poer uma lesão com objeto contundente. 

Relembre o caso

No dia 3 de setembro de 2025, Alícia Valentina foi espancada dentro do banheiro da Escola Municipal Tia Zita. As câmeras de segurança registraram a movimentação de alunos na área próxima ao local da agressão. Após ser socorrida e passar por atendimentos médicos em unidades de Belém do São Francisco e Salgueiro, a menina foi transferida para o Hospital da Restauração, no Recife, onde permaneceu internada por quatro dias.

A morte cerebral foi confirmada em 7 de setembro, com laudo apontando traumatismo cranioencefálico provocado por instrumento contundente. O corpo da estudante foi sepultado no dia 9.

No dia 10 de setembro, um adolescente foi apreendido como suspeito da agressão. A investigação apontou que ele teria agido sozinho, diferente da versão inicial que mencionava a participação de outros estudantes. A Escola Municipal Tia Zita retomou as aulas em 11 de setembro, quatro dias após a confirmação da morte, e divulgou nota lamentando a perda da aluna.