Fiscalização ambiental encerra criadouro irregular e impede abate clandestino em Itaquitinga
Foram encontrados cerca de 30 animais e quatro funcionários expostos a condições insalubres
Uma operação conjunta da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e de órgãos parceiros encerrou esta semana as atividades de um criadouro irregular de suínos e caprinos no distrito de Chã de Sapé, em Itaquitinga, Zona da Mata Norte. A ação, motivada por denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), também identificou indícios de abate clandestino de bovinos e suspeita de funcionamento de um curtume no local, práticas que colocavam em risco a saúde pública e o meio ambiente.
O processo de fiscalização começou no início de setembro, quando a Unidade de Fiscalização de Atividades Poluidoras (UFAP) da CPRH realizou a primeira vistoria. Na ocasião, os proprietários foram intimados a suspender imediatamente as atividades e demolir as instalações utilizadas para a criação de animais em até cinco dias úteis. Foram encontrados cerca de 30 animais e quatro funcionários expostos a condições insalubres. Na segunda visita, a equipe constatou a venda dos animais, a demolição das estruturas e a desativação do curtume.
A operação contou com o apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Vigilância Sanitária Municipal, Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria de Obras do município. Para o diretor de Fiscalização Ambiental da CPRH, Maviael Torchia, ações integradas como essa são essenciais para coibir práticas ilegais que prejudicam o meio ambiente e a população. “O resultado alcançado em Itaquitinga mostra que a integração entre instituições e o apoio da comunidade permite avanços expressivos e duradouros, garantindo dignidade, qualidade ambiental e tranquilidade aos moradores da região”, afirmou.
A servidora da CPRH Jennifer Belarmino destacou os riscos decorrentes da poluição ambiental causada por atividades sem licenciamento. “Além do mau cheiro e da contaminação pelo descarte inadequado de resíduos, há sérios riscos à saúde pública, pois o abate clandestino não segue normas sanitárias e pode disseminar doenças”, alertou. No caso do curtume, os impactos são ainda mais graves, uma vez que os resíduos podem contaminar o solo e lençóis freáticos, comprometendo a qualidade ambiental da região.
A ação em Itaquitinga reforça a importância da fiscalização ambiental e do trabalho conjunto entre órgãos públicos, lembrando à população que denúncias podem ser fundamentais para coibir atividades irregulares e preservar a saúde e o meio ambiente.