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Alerta para  leishmanioses: saiba como diagnosticar e prevenir doenças

Diante dos riscos de propagação da doença, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE)  alerta para as formas de diagnóstico e prevenção. Até domingo (17), haverá ações de conscientização na Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose

Por Diario de Pernambuco

Amostras de sangue para confirmar leishmaniose

Pernambuco confirmou, até os primeiros dias de agosto deste ano, 30 casos de leishmaniose visceral (LV). Em 2024, houve 44 confirmações. Em 2023, o estado teve 66 ocorrências confirmadas.

Sobre a leishmaniose tegumentar (LT), foram confirmados: em 2023, 183 casos; em 2024, 209, e 80, até os primeiros dias de agosto de 2025. 

Segundo o governo de Pernambuco, são doenças infecciosas graves que podem atingir pessoas e animais, provocando quadro de febre de longa duração, falta de apetite, barriga inchada, lesões na pele e/ou mucosas, estas mais frequentes no nariz, boca e garganta.

Diante dos riscos de propagação da doença, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) alerta para as formas de diagnóstico e prevenção.

Até domingo (17), haverá ações de conscientização na Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose.

“As leishmanioses são doenças que podem evoluir para formas clínicas graves e, no caso da leishmaniose visceral, levar ao óbito se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente. Por isso, esta data se torna uma oportunidade estratégica para sensibilizar a população sobre os riscos dessas doenças e ampliar o acesso a informações sobre os sinais e sintomas, modos de transmissão, diagnóstico, tratamento e, sobretudo, as formas de prevenção”, destaca a coordenadora estadual de Vigilância dos Programas de Esquistossomose, Geo-helmintíase e Leishmaniose Visceral, Mariana Nascimento.

Incidência

Em Pernambuco, a leishmaniose visceral tem maior incidência nas regiões do Sertão e Agreste, enquanto a forma tegumentar é mais frequentemente registrada no Grande Recife e nas Zonas da Mata Norte e Sul.

Esse perfil epidemiológico reforça a necessidade de ações territoriais específicas, articuladas com a realidade de cada região.

Entre os principais sintomas deste tipo de Leishmaniose em humanos estão febre persistente por mais de sete dias, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento e aumento do abdômen motivado pelo crescimento do fígado e do baço.

A leishmaniose visceral também pode ser diagnosticada em cães. Neles, os sinais clínicos mais comuns são apatia, queda de pelos, lesões de pele, conjuntivite, emagrecimento e crescimento anormal das unhas.

Os cães são considerados os principais reservatórios domésticos do parasita e têm papel importante na cadeia de transmissão da doença.

A leishmaniose do tipo tegumentar (LT), por sua vez, é causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania e acomete principalmente a pele e as mucosas.

A transmissão também ocorre pela picada de insetos flebotomíneo infectados, porém sua frequência é maior em áreas de mata. As lesões de pele podem ser únicas ou múltiplas, com aspecto ulcerado e geralmente não causam dores. A doença pode comprometer ainda regiões como o nariz, boca e garganta.

Ações

As ações de prevenção da leishmaniose estão diretamente ligadas ao controle do vetor que transmite a doença. Entre as medidas mais recomendadas estão: manter quintais limpos e livres de matéria orgânica, como folhas e fezes de animais; instalar telas em portas e janelas; construir galinheiros e abrigos de animais domésticos distante da residência; podar os galhos das árvores das árvores para deixar o quintal ensolarado; varrer os quintais recolhendo as folhas e frutos; dar o destino adequado ao lixo orgânico; usar roupas de manga comprida e repelentes em áreas de mata; e proteger os cães com coleiras repelentes.

Em áreas com ocorrência da doença, é fundamental permitir o acesso das equipes de saúde para testagem dos animais e monitoramento dos casos.