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Mãe de jovem faz apelo por doação de coração: "Um simples ‘sim’ pode salvar a vida dele"

No Brasil, mesmo que a pessoa tenha manifestado em vida o desejo de ser doadora, a autorização final depende dos familiares

Por Larissa Aguiar

Pedro Pires está a espera de um transplante de coração

Internado há mais de dois meses em estado grave por causa de uma miocardite, o estudante Pedro Henrique, 17 anos, aguarda com urgência um transplante de coração.

Ligado a equipamentos que mantêm suas funções vitais, o adolescente enfrenta uma corrida contra o tempo, enquanto a família lança um apelo público para sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos.


Pedro foi diagnosticado com a inflamação no músculo cardíaco após apresentar sintomas iniciais como náuseas. O quadro evoluiu rapidamente, levando à internação e ao uso de suporte avançado de vida: a máquina ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) e um Dispositivo de Assistência Ventricular. Segundo os médicos, esses recursos são temporários e servem apenas como ponte até a chegada de um órgão compatível. O jovem já sofreu uma parada cardíaca e foi reanimado.


Joana Pires, mãe de Pedro, reforça que a informação e a conversa dentro das famílias são essenciais. “Com um único doador, podemos salvar até oito vidas. Peço que as pessoas repensem, que enxerguem que a dor da perda pode ser a salvação para outra pessoa. O coração pode continuar batendo e salvando vidas. No caso, é o meu filho, um jovem de 17 anos, que está lutando muito para viver. Um simples 'sim' pode salvar a vida dele ”, declarou.


A mãe afirma que a conscientização é o caminho para mudar esse cenário. “Já houve órgãos compatíveis, mas as famílias não autorizaram por falta de informação. Falta divulgação, campanhas efetivas e constantes. A decisão de doar pode transformar a dor em esperança e salvar vidas”, completou.


No Brasil, mesmo que a pessoa tenha manifestado em vida o desejo de ser doadora, a autorização final depende dos familiares.