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Recife registra 293 furtos de cabos em 2025 com prejuízo a milhares de residências, diz Neoenergia

Segundo a empresa, foram registradas 971 ocorrências em Pernambuco durante os sete primeiros meses de 2025

Por Bartô Leonel

Furto de cabos elétricos tem se tornaod um problema, principalmente no Recife

Aproximadamente 14 mil famílias em Pernambuco tiveram seu fornecimento de energia elétrica interrompido por conta de furtos de cabos entre os meses de janeiro e julho deste ano, segundo dados da Neoenergia. Somente no Recife foram contabilizados 293 casos neste período, colocando a capital no topo do ranking das cidades pernambucanas que mais sofrem com este tipo de crime.

Segundo a concessionária, foram registradas 971 ocorrências em todo o estado durante os primeiros sete meses de 2025, afetando diretamente residências, escolas, hospitais, delegacias e outros estabelecimentos públicos e privados.

De acordo com a Neoenergia, foram recuperados 17 km de cabos furtados ao longo dos primeiros sete meses. As cidades que estão atrás do Recife em número de ocorrências são: Olinda (151), Ouricuri (42), Belo Jardim (38) e Vitória de Santo Antão (30).

"Técnicos e eletricistas da companhia poderiam estar reforçando a rede elétrica ou atendendo outras demandas, mas precisam se deslocar para substituir cabos furtados. Isso afeta diretamente os clientes e prejudica milhares de consumidores de forma indireta", afirma o gerente de desempenho da Neoenergia Pernambuco, Aldo Neto.

Além de provocar interrupções no fornecimento de energia, esse manuseio criminoso de cabos energizados compromete a qualidade dos serviços essenciais, gera prejuízos financeiros para as famílias impactadas e pode causar acidentes fatais ou lesões irreversíveis, como amputações e fraturas por queda.

Para tentar diminuir a ocorrência de furtos de cabos de energia elétrica, houve um aumento nas penas aplicadas ao furto, roubo e receptação de fios, cabos ou equipamentos utilizados para fornecimento ou transmissão de energia elétrica ou de telefonia. Agora, casos desse tipo podem chegar a 16 anos de prisão e multa.

Além disso, empresas que utilizarem materiais furtados em suas operações poderão sofrer sanções administrativas, como multas e até cassação da autorização de funcionamento.

No âmbito estadual, os estabelecimentos comerciais que trabalham com aquisição, estocagem, distribuição, comercialização, permuta, transporte, reciclagem, processamento, fundição e beneficiamento de joias usadas, cabos de cobre, alumínio, baterias, estão obrigados a realizar cadastros atualizados com dados das pessoas físicas ou jurídicas e procedência das quais foram efetuadas as aquisições.

Além das punições e cadastramento previsto em lei, a Neoenergia tem substituído cabos de cobre por fios de alumínio, menos visados por criminosos.

Ligações clandestinas

Outro problema relacionado com práticas ilegais relacionadas à energia elétrica são as ligações clandestinas. Segundo a Neoenergia, mais de 38 mil ligações clandestinas foram regularizadas em Pernambuco no primeiro semestre de 2025

“O maior problema da ligação clandestina é que ela não segue nenhum padrão técnico ou de segurança. Isso pode causar curtos-circuitos, incêndios e até choques elétricos fatais. Além disso, sobrecarrega a rede, prejudica o fornecimento para os clientes regulares e aumenta as perdas elétricas da distribuidora”, explica o gerente operacional da Neoenergia Pernambuco, Hugo Cézar.

Além dos riscos com a segurança, a pessoa que seja flagrada com ligações clandestinas pode responder judicialmente, com penas de até quatro anos.

De acordo com a Neoenergia, as pessoas que estejam em situação irregular e desejarem a regularização, podem entrar em contato com a Neoenergia Pernambuco por meio dos canais de atendimento: o teleatendimento (116), o whatsap (8132176069), o site oficial (www.neoenergiapernambuco.com/pernambuco) ou qualquer uma das lojas de atendimento espalhadas por todo o Estado.

“Nosso objetivo não é punir, mas garantir que todos tenham acesso à energia de forma segura, justa e legal. A energia que chega às casas dos pernambucanos precisa ser segura, medida e legal, porque energia é um direito, mas também uma responsabilidade compartilhada”, concluiu Hugo Cézar.