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MPPE recomenda anulação de concurso no Sertão após invalidação de 30% das questões

Concurso da Prefeitura de Iguaracy, que teve 12 das 40 questões anuladas, previa contratações na área de Saúde

Por Marília Parente

Prédio do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou a anulação parcial de um concurso público promovido pela Prefeitura de Iguaracy, no Sertão do estado. De acordo com a 1ª Promotoria de Justiça de Afogados da Ingazeira, a medida deve ser tomada em razão da anulação de 30% das questões do certame.

Publicada no dia 22 de agosto, a recomendação acontece depois da instauração de um procedimento administrativo para investigar uma denúncia de irregularidades na aplicação das provas. Realizado no dia 15 de dezembro do ano passado, o exame deveria selecionar funcionários públicos efetivos para cargos de nível médio e técnico.

A seleção tinha por objetivo a seleção funcionários públicos para os cargos de agente administrativo, agente comunitário de saúde, agente de combate a endemias, auxiliar de serviço bucal, guarda municipal e técnico de radiologia. As provas tiveram o Instituto de Administração e Tecnologia (ADM&TEC) como banca examinadora.

Ao todo 12 das 40 questões do exame foram anuladas. “Essa falha, que resultou em questões idênticas de número 21 a 32, totalizando 12 questões, nas provas de Conhecimentos Gerais de nível médio, revela um vício grave e insanável no processo de elaboração e revisão do certame”, diz a promotoria.

Inconsistências e falhas

Segundo MPPE, a própria banca admitiu a ocorrência de “falha operacional”, bem como que “as inconsistências técnicas e falhas na formatação e preparação dos cadernos de prova” só foram identificadas após a aplicação.

A promotoria ainda ressalta que as 12 questões anuladas constituem toda a prova de Língua Portuguesa do concurso, “o que torna inconcebível a validação do certame”. A recomendação da anulação parcial foi direcionada ao prefeito de Iguaracy, Pedro Alves, e ao presidente da comissão organizadora do concurso.

A prefeitura deve fornecer, em prazo de 15 dias, o plano de ação detalhado com as medidas que serão adotadas para o cumprimento da recomendação. O cronograma de reaplicação das provas também deve ser divulgado.

O Diario de Pernambuco solicitou posicionamento da prefeitura através de e-mails e telefones oficiais. Até o fechamento desta matéria, a reportagem não obteve retorno.