° / °
Cadernos Blogs Colunas Rádios Serviços Portais

Defesa de Bolsonaro deve apresentar novo recurso para contestar condenação até sexta (28)

A modalidade de recurso execução pelos advogados de Jair Bolsonaro são os "embargos infringentes"

Por Diario de Pernambuco

Bolsonaro foi preso preventivamente neste sábado (22).

Após abrir mão do segundo embargo de um recurso contestando a condenação do ex-presidente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria ter sido enviado nesta segunda-feira (24), a defesa de Jair Bolsonaro está preparando novo recurso na tentativa de reverter a pena de 27 anos e 3 meses aplicada após o processo da trama golpista, segundo apurou o Estadão. A apresentação do novo pedido deve acontecer até a próxima sexta (28), quando termina o prazo para protocolar a apelação.

A modalidade de recurso execução pelos advogados do ex-presidente são os “embargos infringentes”, utilizados no questionamento de decisões não-unânimes. O placar para a condenação do ex-presidente foi de 4 votos a 1, com o voto contra a condenação sendo do ministro Luiz Fux. Caso o pedido seja acatado, o processo deve passar por novo julgamento no STF. A defesa do ex-ministro Anderson Torres adotou a mesma estratégia e também descartou novos embargos de declaração e preferiu apostar nos infringentes.

No entanto, é pouco possível que esse cenário aconteça. De acordo com a jurisprudência do Supremo, os embargos infringentes só podem ser comiserados no caso de haver divergência de dois votos entre a Turma, o que não aconteceu.

O primeiro recurso, um embargo de declaração, foi rejeitado por unanimidade pela Primeira Turma do STF. A equipe jurídica do ex-presidente poderia apresentar um segundo embargo de declaração, mas abriu mão do pedido.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, pode rejeitar monocraticamente o novo recurso e decretar a execução imediata das penas. Uma decisão nesse sentido não seria inédita. Foi o que ocorreu, por exemplo, com o ex-presidente Fernando Collor.

Em abril, após rejeitar os embargos de declaração e infringentes da defesa de Collor, Moraes, que também era o relator daquele processo, determinou a prisão do ex-presidente, antes mesmo da publicação da decisão final do STF, por considerar que a defesa estava tentando impedir deliberadamente o fim do processo.

Bolsonaro está preso na sede da Polícia Federal, em Brasília, desde o último sábado (22), por tentar abrir a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. 

Com informações do Estadão Conteúdo.