Ministros de Lula repercutem prisão preventiva de Bolsonaro: "é justiça" e "conjunto da ópera"
Também nesta segunda, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por manter a prisão preventiva do ex-presidente
Os ministros pernambucanos do Governo Lula, José Múcio Monteiro, da Defesa, e Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, repercutiram a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (24), mesmo dia que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por manter a prisão preventiva do ex-chefe do Executivo.
Para Costa Filho, a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que levou o ex-mandatário para a prisão no complexo da Polícia Federal é o “conjunto da ópera que foi feito ao longo dos últimos anos”.
“Acho que a decisão da justiça se cumpre. O que levou a isso é o conjunto da ópera que foi feita ao longo desses últimos anos. Infelizmente, o movimento contra a democracia brasileira, o movimento que atentou contra a liberdade de expressão, contra as nossas instituições. A decisão da justiça temos que respeitar e ela tem que ser cumprida”, opinou o líder pernambucano”.
Segundo o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a medida cautelar contra Bolsonaro é a “justiça”, as pessoas aceitando ou não a decisão. “Isso é justiça. Justiça você pode gostar ou não gostar, mas não discute”. Em relação à alta cúpula das forças armadas envolvida no caso, o líder da pasta continuou reforçando sua opinião: “Isso é uma questão da justiça. Você pode gostar, pode não gostar, mas tem que cumprir”.
Bolsonaro foi preso no sábado (22)
Na última sexta-feira (24), Jair Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica que usa desde julho com um ferro de solda, no mesmo dia que o senador Flávio Bolsonaro (PL) havia convocado uma vigília na frente da residência do pai. As ações somadas foram vistas por Moraes como uma maneira de facilitação de uma fuga, o que levou o ex-presidente a ser preso preventivamente na Superintendência da Polícia Federal na manhã do sábado (22).
No domingo, a defesa do ex-presidente alegou confusão mental ao tentar justificar a ação. Nesta segunda, Moraes afirmou que Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica de forma “dolosa e consciente”.