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"Nada impede" que haja candidatura avulsa ao Senado, diz Marília Arraes

Mesmo com a disputa interna, Marília defendeu, porém, que todas as escolhas sejam feitas de forma combinada com o grupo político e com o futuro candidato ao governo

Por Mariana de Sousa

Marilia Arraes.

A ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) disse, nesta segunda-feira (17), que “nada impede que aconteça” uma candidatura avulsa para o Senado em 2026 dentre os aliados do prefeito do Recife e provável candidato ao governo estadual, João Campos (PSB). Marília, que tem seu nome ventilado ao Senado, mas ainda não se declara oficialmente pré-candidata, ressalta, porém, que para sair um candidato avulso é preciso “haver um acordo”, caso isso fortaleça o projeto.

Pelo menos quatro nomes são cotados para compor a chapa liderada pelo prefeito João Campos: o atual senador Humberto Costa (PT), Silvio Costa Filho (Republicanos) e Miguel Coelho (UB). Como a candidatura à reeleição do senador Humberto Costa é dada como certa, restaria apenas mais uma vaga na chapa.

“Eu acho que é um grande trunfo do prefeito João Campos, ter vários nomes querendo estar com ele na chapa. Se por acaso tiver que haver uma arrumação para trazer para coligação partidos com o tempo e TV e tudo, acho que tem que ter uma compreensão do grupo de uma maneira geral, mas pode haver também um acordo, uma combinação para que haja mais de dois candidatos ao Senado, nada impede que isso aconteça. O que eu farei, farei combinado com o conjunto, se for estratégico para o nosso futuro candidato a governador ter mais de um candidato a senador”, afirmou Marília, em entrevista à Rádio Folha.

Apoio a Lula
A ex-deputada ainda ressaltou que nem todos os nomes colocados para a chapa de João Campos, apoiam a reeleição do presidente Lula, o que poderia pesar na decisão de quais candidatos se manteriam na chapa majoritária. “A gente sabe que tem pessoas dentro do nosso campo que têm uma resistência a apoiar o presidente Lula na reeleição. Então não somente eu, mas outro poderia sair avulso”, explicou.

Marília destacou a necessidade de que os senadores eleitos ajudem o presidente garantindo sua governabilidade se reeleito. “Quem tem essas posições firmes para isso? No nosso campo, que é assumidamente lulista, precisa dessa garantia. Não tô aqui para criar confusão dentro do grupo, muito pelo contrário, quero contribuir para agregar”.

Liderança nas pesquisas
Mesmo com a disputa interna, Marília defendeu ainda que todas as escolhas sejam feitas de forma combinada com o grupo político e com o futuro candidato ao governo. “Cabe ao condutor do processo escalar os jogadores para as melhores posições”, disse.

A ex-parlamentar também reconhece que seu nome aparece na liderança nas pesquisas. Para ela, isso é resultado direto da confiança da população: “Quem tem me colocado nas pesquisas é o povo”, afirmou.