Recife vai ganhar radar meteorológico para prevenir desastres naturais, anuncia ministra Luciana Santos durante COP 30
Segundo a ministra, o memorando de cooperação será assinado nesta quarta-feira (12) com o prefeito João Campos, que também participa do encontro internacional.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou nesta terça-feira (11), que Recife ganhará um novo radar meteorológico para otimizar o monitoramento e prevenção de desastres naturais na Região Metropolitana. O equipamento será viabilizado por meio de uma parceria entre o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Ministério das Cidades e a Prefeitura do Recife, dentro do programa SOS Clima. A ministra está em Belém (PA), onde participa da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30).
Segundo a ministra, o memorando de cooperação será assinado nesta quarta-feira (12) com o prefeito João Campos, que também participa do encontro internacional. “Nós vamos assinar um memorando com a prefeitura do Recife, dentro do âmbito do programa SOS Clima, garantindo um radar meteorológico. Isso era um sonho desde os tempos de prefeita. Com isso vamos garantir uma maior eficácia na precisão do clima, e com isso salvar vidas”, detalhou, durante entrevista à Rádio Folha.
Luciana explicou que o novo sistema integrará dados de satélites, sensores geológicos e estações hidrográficas ao Centro de Operações do Recife (COP) e ao Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), em Campinas (SP). A tecnologia, que utiliza inteligência artificial, permitirá prever eventos extremos com até 72 horas de antecedência, segundo a líder da pasta.
COP30
Diretamente de Belém, a ministra acompanha as discussões da COP30, que marca a retomada do protagonismo brasileiro no debate climático mundial.
Luciana destacou que o Brasil chega ao encontro com autoridade internacional, após reduzir em quase 50% o desmatamento da Amazônia em menos de três anos.
“Para além do Brasil, que tem a matriz elétrica mais limpa do planeta e com a matriz de combustível, com a metade dela também limpa ou renovável, a gente chega com autoridade na construção e o mundo precisa também fazer o seu papel”, ressaltou.
A ministra ainda destacou o impacto positivo das políticas do governo federal em comparação com o cenário anterior, recuperando áreas estratégicas que haviam sido desmontadas. “A gente precisa da reeleição do presidente para poder fazer valer essa agenda de retomada de diversas políticas públicas que tinham sido abandonadas, entre elas o desmonte das iniciativas e até a negação das evidências científicas e da questão climática”, afirmou.
Luciana também ressaltou investimentos recentes voltados a Pernambuco, com a presença do ministério no estado no avanço de programas federais e universitários. “O investimento que nós fizemos em Pernambuco esses três anos é três vezes e meio mais do que foi feito nos quatro anos de governo anterior, nas universidades e nos institutos federais. São políticas essenciais para qualquer agenda de desenvolvimento”.