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Defesa diz que Bolsonaro está "debilitado" e critica custódia domiciliar

Advogado Paulo Cunha Bueno afirma que ex-presidente não compareceu à sessão por questões de saúde e sempre cumpriu medidas cautelares

Por Vanilson Oliveira - Correio Braziliense

Ex-presidente Jair Bolsonaro

O advogado Paulo Cunha Bueno, que integra a defesa de Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (2/9), na saída do primeiro dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente “nunca deveria ter sido custodiado em custódia domiciliar”. Segundo ele, a medida foi uma imposição excessiva e sem justificativa. “Isso não deveria ter acontecido”, declarou.

Bueno explicou que Bolsonaro não compareceu à sessão por questões de saúde. “Está debilitado, mas segue acompanhando o processo”, disse. Questionado sobre a possibilidade de prisão domiciliar em caso de condenação, ele descartou trabalhar com a hipótese. “Eu não estou trabalhando com a hipótese, por enquanto, de ele ser condenado”.

O advogado também destacou que Bolsonaro cumpriu rigorosamente todas as medidas cautelares impostas pela Justiça. “Ele sempre seguiu as cautelares, sempre compareceu a todos os atos do processo, inclusive aqueles que ele não era obrigado. Vou lembrar vocês que ele veio aqui no dia do julgamento do recebimento da denúncia, porque ele não era obrigado”, afirmou.

O julgamento de Bolsonaro e de militares acusados de tentativa de golpe de Estado começou nesta terça-feira e seguirá nos dias 3, 9, 10 e 12 de setembro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta o ex-presidente como “principal articulador, maior beneficiário e autor dos atos mais graves” da conspiração. A denúncia lista crimes como organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado. Caso seja condenado, Bolsonaro pode enfrentar até 39 anos de prisão.

Pela manhã, ao chegar ao STF por volta das 8h30, o advogado Celso Vilardi, também responsável pela defesa, já havia antecipado a estratégia do time jurídico. “A expectativa da defesa é apresentar uma argumentação verdadeira e baseada em pontos jurídicos. É isso que nós vamos fazer”, declarou antes de entrar na Corte.


Confira as informações no Correio Braziliense.