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Dani Portela: "Feminismo não pode ser usado como escudo para se proteger de críticas políticas"

Deputada Dani Portela respondeu, em nota, crítica realizada pela também deputada Débora Almeida

Por Diario de Pernambuco

Deputada estadual Dani Portela (PSOL)

A deputada Dani Portela (Psol), autora do requerimento que solicitou a instalação da CPI que investigará os contratos de publicidade, respondeu as críticas da deputada Débora Almeida (PSDB). Integrante da base governista, Débora, ao defender a governadora Raquel Lyra (PSD) após a aprovação da abertura da CPI na Assembleia Legislativa, afirmou que Dani teria uma “militância seletiva” em relação a mulheres da política.

Em nota, a deputada Dani ressaltou que é "uma parlamentar feminista e entendo que o feminismo também passa por respeitar as mulheres como sujeitos políticos, dotadas de capacidade de decisão e de autonomia". A deputada ainda pontuou que "o feminismo não pode ser usado como escudo para se proteger de críticas políticas". "Isso sim é seletividade", disse.

Confira o texto na íntegra:

"Sou uma parlamentar feminista e entendo que o feminismo também passa por respeitar as mulheres como sujeitos políticos, dotadas de capacidade de decisão e de autonomia. Uma das bandeiras que levo com mais firmeza é o enfrentamento à violência política de gênero, inclusive porque eu mesma já fui alvo desse tipo de violência diversas vezes. Tanto que sou autora da Lei nº 18.593, de 6 de junho de 2024, que trata justamente desse tema.

Mas é importante dizer: críticas políticas ou o exercício da função fiscalizadora por parte de parlamentares não podem ser confundidos com violência. O feminismo não pode ser usado como escudo para se proteger de críticas políticas. Isso sim é seletividade. Ser mulher não blinda ninguém do debate público, muito pelo contrário. As feministas ocupam e pautam o debate público. A própria governadora já foi, em diversas ocasiões, criticada por movimentos feministas, especialmente diante da fragilidade e ineficiência das políticas para as mulheres no estado.

Reivindicar o feminismo exige mais do que palavras, exige prática política comprometida com essa agenda. Eu trabalho, todos os dias, para colocar isso em ação. O questionamento que fica é, podemos dizer o mesmo de quem só recorre ao feminismo por conveniência?"