Operador é preso suspeito de matar vigilante em subestação da compesa em Goiana
A vítima, de 45 anos, foi atingida por múltiplos disparos
Um vigilante foi morto por um operador em uma subestação da Compesa, em Goiana, na Região Metropolitana do Recife, na sexta-feira (14). A vítima, identificada como Emmannoel Araújo de Souza Júnior, de 45 anos, foi atingida por múltiplos disparos.
O principal suspeito é o colega de trabalho dele José Carlos Galdino da Silva, conhecido como Lito, de 45, que estava de serviço na unidade e foi preso em flagrante. Em contato com a reportagem, o advogado do suspeito, Adiellyson Bomfim, disse que Lito está internado por surto psicótico sob custódia da justiça, sem previsão de alta. A defesa também destacou que já houve colaboração com as autoridades, incluindo a entrega das armas utilizadas no crime.
O Diario de Pernambuco teve acesso ao Boletim de Ocorrência, que detalha o caso. O documento relata que a Polícia Militar chegou ao local após denúncia de um operador da Compesa, que encontrou o corpo.
Ele relatou que, por volta das 7h15, foi à unidade para render Lito no trabalho. Ao chegar à subestação, encontrou apenas a vítima no chão, inconsciente e em meio a grande quantidade de sangue. José Carlos, que deveria estar de serviço, não foi localizado no posto.
Prisão
O efetivo policial teria confirmado que a vítima possuía tiros e acionou o Samu, que constatou o óbito de Emmanuel. Conforme o BO, o cofre utilizado para guardar as duas armas de fogo da unidade estava fechado à chave, mas vazio.
As armas foram entregues, posteriormente, por um familiar de Lito, que em depoimento, contou que mais cedo daquele dia, o parente foi à sua igreja e disse ter feito “uma besteira”.
O suspeito foi detido pela Polícia Civil de Pernambuco na manhã deste sábado (15), em uma unidade de saúde da Região Metropolitana.
Compesa
Por meio de nota, a Companhia Pernambucana de Saneamento lamentou “profundamente o falecimento de um colaborador de uma empresa terceirizada que presta serviços à Companhia”.
“As autoridades competentes foram acionadas imediatamente e, ao chegarem ao local, confirmaram o óbito. A Compesa também comunicou a empresa contratada. A terceirizada está oferecendo toda a assistência necessária à família do colaborador e acompanhará de perto as investigações conduzidas pela Polícia Civil”, diz o texto.
Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco afirmou que investiga um homicídio consumado e que “um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos, identificar a autoria e motivação do crime”.