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Maternidade dificulta oportunidades de trabalho para a mulher, diz pesquisa

Na sexta-feira (8) é celebrado o Dia Internacional da Mulher, data escolhida para representar a luta por valorização

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Gravidez tem impacto no mercado de trabalho, segundo pesquisa
Uma pesquisa publicada às vésepras do Dia Internacional da Mulher, celebrado na sexta (8), aponta um problema que relaciona a gravidez e o trabalho.
 
Divulgado nesta quinta (7), levantamento feito pela companhia de telefonia TIM atesta que a gestação é "um dos impedimentos para a empregabilidade de mulheres". 
 
O trabalho foi feito com clientes da operadora em Pernambuco, por meio da plataforma TIM Ads.
 
A pesquisa informou que o fato de ser mãe tira oportunidades de emprego entre o público feminino. 

O que diz a pesquisa

O levantamento foi feito com 738 clientes, que responderam voluntariamente a algumas questões.
 
O trabalho diz que 77% das entrevistadas perderam emprego "por serem mães". 
 
Além disso, 34% das pessoas ouvidas têm na famíla alguém nessa situação. 
 
Ao todo, 22% conhecem alguém que perdeu e 21% possuem  amigas afetadas. 
 
Cerca de 75% das entrevistadas  afirmam a dificuldade em não conseguir um trabalho por" serem mulheres". 
 
Ainda segundo os dados, 66% das pessoas respondentes admitiram ter experimentado ou testemunhado casos de machismo. 
 
Entretanto, evidenciando uma mudança de percepção social, 46% acreditam que o respeito às mulheres está crescendo, 32% afirmam que permanece inalterado e 11% observam uma diminuição.
 
A pesquisa foi aplicada em janeiro deste ano e concedeu bônus para navegação na internet em troca de respostas. 
 
Os dados dos clientes são mantidos em sigilo e apenas o resultado final é publicado
 
Nesse contexto, projetos como o Mulheres Positivas são essenciais para ampliar a empregabilidade das brasileiras.

Direitos e como proceder

Diante dos dados, o Diario de Pernambuco procurou esclarecer os direitos e deveres das mulheres quando se fala em empregabilidade ou em demissão. 
 
Principalmenre quando o assunto envolve a maternidade ou gravidez.
 
Para a advogada Isabela Lessa, a parte mais difícil nesse tipo de situação é conseguir provar que houve, de fato, um preconceito de gênero.
 
‘’Essa talvez seja a mais árdua tarefa da mulher para conseguir dizer que esse desligamento foi abusivo ou que houve algum tipo de prática pela empresa que não seja legalmente tolerada. Na verdade, a problemática é maior. A gente precisa pensar a maternidade para além de algo ligado aos direitos das mulheres, algo ligado aos direitos das crianças, ao direito da sociedade de continuar. Se a gente não tem fomento e apoio à maternidade e o reconhecimento da potência criativa que a maternidade traz, a gente como sociedade vai entrar num processo de dinamização’’. 

Ela ressalta que, se as mulheres estão no mercado de trabalho e querem continuar, elas "não vão poder trabalhar como se não tivessem filhos nem conseguirão ser mães como se não trabalhassem". 

‘’Então, esse é o grande desafio da sociedade moderna. Ajustar essa equação para que a sociedade possa, sim, ter um ambiente em que as mulheres possam maternar, tendo rede de apoio, tendo uma infraestrutura que passa desde a alteração da licença paternidade, desde a compreensão de um horário mais flexível, e que isso na verdade em nada diminui o valor e a contribuição de uma mulher dentro das corporações’’, disse Lessa.

Capacitação
 
A TIM lidera, desde 2021, o ecossistema em torno do app de mesmo nome – criado pela empresária Fabi Saad – que já conta com mais 200 empresas parceiras oferecendo cursos gratuitos de capacitação e oportunidades de trabalho para mulheres. O aplicativo é gratuito e sem consumo do pacote de dados para clientes da operadora.

Dia Internacional

A data foi reconhecida e oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por volta de 1970.
 
O dia 8/3  simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.
 
Em Nova York, no dia 25 de março de 1911, um  aconteceu na Triangle Shirtwaist Company e vitimou 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos mortos judeus.
 
Essa história é considerada um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres.