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Filha de médico citado em laudo falso pede inelegibilidade de Marçal

José Roberto de Souza, que supostamente teria assinado receituário fraudado, não atuou na clínica citada e nem era psiquiatra

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Na última sexta-feira (5/10), o coach publicou um laudo médico falso que supostamente seria do adversário na disputa eleitoral Guilherme Boulos (Psol)

Carla Maria de Oliveira e Souza, filha do médico José Roberto de Souza, citado no laudo falso publicado por Pablo Marçal (PRTB) no Instagram, entrou com ação popular contra o candidato à Prefeitura de São Paulo. Em processo movido no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a requerente pede a inelegibilidade do político em regime de urgência.

A ação foi protocolada no sábado (5/10) e distribuída por sorteio para a juíza Luiza Barros Rozas Verotti, da 13ª Vara de Fazenda Pública, na madrugada deste domingo (6/10). Como o processo ainda não foi julgado, o nome de Marçal continua nas urnas no pleito deste domingo (6/10). 

Na última sexta-feira (5/10), o coach publicou um laudo médico falso que supostamente seria do adversário na disputa eleitoral Guilherme Boulos (Psol). O receituário, que aparece com assinatura e número do Conselho Regional de Medicina (CRM) de José Roberto de Souza, aponta que Boulos teria passado por um episódio de surto psicótico associado a uso de cocaína. 

O receituário publicado nas redes de Marçal apresenta papel timbrado da clínica Mais Consulta. No entanto, segundo as filhas de José Roberto de Souza, o médico nunca atuou no estabelecimento. O profissional, que morreu em 2022, também não atuava como psiquiatra, mas hematologista. 

Outra filha do médico, a oftalmologista Aline Souza, publicou vídeo em que critica o uso do nome do pai no documento falso. 

Além do uso indevido do nome do hematologista, o laudo publicado por Marçal continha erros de ortografia e o número do RG de Boulos estava incorreto. O candidato do PRTB ainda admitiu ser amigo do proprietário da Mais Consulta, Luiz Teixeira da Silva Junior. O dono da clínica já foi condenado por falsificação de documentos em 2020, por falsificar um diploma de medicina e uma ata de colação de grau. 
 
As informações são do Correio Braziliense.