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Coligação de esquerda da França indica primeira-ministra

Lucie Castets aceitou a indicação da Nova Frente Popular, coligação que ficou em primeiro lugar nas eleições antecipadas na Assembleia Legislativa do país

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Presidente da França, Emmanuel Macron, dando uma entrevista ao vivo enquanto um retrato de Lucie Castets é exibido em uma tela gigante
A Nova Frente Popular, coligação de esquerda que ficou em primeiro lugar nas eleições antecipadas na Assembleia Legislativa da França, disse que propôs a economista Lucie Castets como primeira-ministra do país. Castets aceitou a indicação da Nova Frente Popular. “Com total humildade, mas com grande convicção eu aceito. Considero-me uma candidata credível e séria”, declarou.
 
No entanto, o presidente francês Emmanuel Macron já anunciou que não nomeará antes do fim dos Jogos Olímpicos de Paris um novo dirigente. "Até meados de agosto, vamos nos concentrar nos Jogos e depois a partir daí será da minha responsabilidade nomear um primeiro-ministro ou uma primeira-ministra e lhe confiar a tarefa de formar um governo e reunir o maior número possível de pessoas para lhe permitir agir e garantir a estabilidade", avançou Macron, defendendo ainda que a Nova Frente Popular não tem maioria na Assembleia Nacional e desconsiderando a proposta apresentada pela coligação. 

"A questão não é um nome. A questão é que terá de surgir uma maioria na Assembleia Nacional para que um Governo francês possa aprovar reformas, aprovar o Orçamento e fazer o país avançar", acrescentou Macron.

Por outro lado, o líder da Nova Frente Nacional, Jean-Luc Mélenchon, apelou ao presidente da França para que "não procrastine" na decisão de nomear Lucie Castets.

Os quatro partidos que formam a coligação fizeram um comunicado em conjunto, no qual ressaltaram o desempenho de Castets, de 37 anos, no combate à fraude fiscal e financeira e confirmaram que ela é o nome proposto a Macron. 

A agência France Presse (AFP) descreveu Lucie Castets como uma alta funcionária desconhecida do grande público, mas empenhada na defesa dos serviços públicos. Também entre as outras bandeiras associadas e defendidas pela economista está a luta contra a reforma aos 64 anos e a aposta nos serviços públicos, assim como a melhoria do poder de compra dos franceses. Atualmente, ela atua como diretora de finanças e compras do município de Paris.

Nas eleições legislativas francesas, a Nova Frente Popular foi o bloco político mais votado, ficando à frente do partido apoiado por Macron, e também da extrema-direita, porém não conseguiu atingir a maioria absoluta.