EUA anunciam trégua entre Tailândia e Camboja após confrontos
Trump revelou na sua rede social que conversou com o primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, e com o chefe do governo cambojano, Hun Manet
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (13) que os líderes do Camboja e da Tailândia aceitaram um cessar-fogo, depois de violentos confrontos nas cidades fronteiriças dos dois países. Os ataques eclodiram no domingo e provocaram mortos e feridos, além de mais de mais de 500 mil deslocados.
Trump revelou na sua rede social que conversou com o primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, e com o chefe do governo cambojano, Hun Manet, garantindo que ambos concordaram em cessar todos os disparos a partir desta noite e regressar ao Acordo de Paz original, concluído com a sua intervenção e com a mediação do premiê da Malásia, Anwar Ibrahim.
Um cessar-fogo inicial havia sido acordado para encerrar cinco dias de combates em julho entre as duas partes, que em outubro contou com a pressão do presidente norte-americano para a sua assinatura, uma vez que ameaçou retirar privilégios comerciais sobre as tarifas as duas nações asiáticas.
Entretanto, o Camboja e da Tailândia continuaram a registrar episódios esporádicos de violência transfronteiriça, alimentando receios de uma nova escalada antes da intervenção diplomática de Washington.
Mas no último domingo ataques mútuos começaram a se intensificar e os combates entre as partes aumentaram em diversos pontos da fronteira de cerca de 800 quilômetros que os dois países fazem divisa. Os governos trocaram durante essa semana mútuas acusações sobre quem deu inicio as ofensivas e os confrontos foram os mais graves desde os dias de violência registrados em julho.
A Tailândia e o Camboja têm um histórico secular de hostilidades e de disputa territorial ligadas à demarcação considerada ‘incompleta’ da fronteira de 800 quilômetros, que já causou vários conflitos armados.